Putin garante que mais 34 países querem juntar-se aos BRICS
12 de setembro de 2024O Presidente russo, Vladimir Putin, disse, esta quinta-feira (12.09), que 34 países querem juntar-se "de uma forma ou de outra" ao bloco de economias emergentes BRICS, adesões que poderão ser formalizadas na cimeira que se realizará em outubro na cidade russa de Kazan.
"A partir de hoje, mais de 30 países, 34 para ser mais preciso, manifestaram o desejo de se juntar às atividades do nosso grupo de uma forma ou de outra", disse o chefe de Estado da Rússia, que atualmente preside à organização, numa reunião em São Petersburgo com os representantes do grupo responsáveis pela segurança nacional, segundo a agência de notícias russa TASS.
Putin disse que em Kazan, para além de abordar o "interesse crescente" em aprofundar a cooperação entre estes países, será discutido o formato em que os novos membros participarão no grupo originalmente criado pela Rússia, China, Brasil, Índia e África do Sul.
No dia 01 de janeiro, o Irão, o Egito, a Arábia Saudita, os Emirados Árabes Unidos e a Etiópia aderiram aos BRICS e, nos últimos meses, países como a Turquia e o Azerbaijão apresentaram pedidos de adesão.
Além disso, sublinhou que a presidência russa do grupo atribui grande importância à segurança global e sublinhou que os BRICS acumularam uma experiência "sólida" na reação às ameaças colocadas pelo terrorismo e pelo extremismo, mas também pelo tráfico de droga e de armas. Adiantou ainda que está em fase final a criação, no âmbito do grupo, de um conselho para combater o financiamento do terrorismo e o branqueamento de capitais.
Presidente chinês confirmado
Também esta quinta-feira, o ministro dos Negócios Estrangeiros da China, Wang Yi, anunciou que o Presidente chinês, Xi Jinping, vai participar na cimeira dos BRICS em Kazan.
O chefe da diplomacia chinesa confirmou a participação de Xi na cimeira, durante uma reunião em São Petersburgo com o Presidente russo, Vladimir Putin, na qual afirmou que "China e Rússia tornaram-se as forças mais importantes no processo de multipolarização da ordem internacional".
A visita de Wang à Rússia, a primeira este ano, acontece pouco depois de Putin ter proposto a China, o Brasil e a Índia como possíveis mediadores nas futuras conversações de paz com a Ucrânia, por oposição aos Estados Unidos, que Moscovo diz estarem interessados em prolongar o conflito.