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A origem do vírus

Adrian Kriesch
4 de dezembro de 2014

Os cientistas descobriram o vírus pela primeira vez em 1976 numa aldeia da República Democrática do Congo, o então Zaire. O vírus foi batizado com o nome do rio que passa na região, o rio Ébola.

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O vírus do ébola é microscópico: ampliado, assemelha-se a um pedaço de fio, ligeiramente enrolado numa das pontasFoto: AP

Especial sobre o ébola - 5: A origem do vírus e os desafios que coloca

Nos anos 70 foram registados três outros surtos no Zaire e no Sudão. Só muito mais tarde, em 1994, houve um novo surto, desta vez no Gabão – essa foi a primeira vez que o vírus chegou à África Ocidental.

Até agora, houve mais de 20 surtos de ébola, que foram contidos de forma relativamente rápida. No pior surto, morreram 430 pessoas. O novo surto começou na Guiné-Conacri no final de 2013 e transformou-se numa epidemia que já se alastrou à Serra Leoa e Libéria.

Um dos fatores que contribuiu para um alastramento tão rápido do vírus foi o facto de, no início, a comunidade internacional e os países afetados desvalorizarem a dimensão do problema. O ébola estava a "navegar num oceano de apatia nacional, negação e falta de preparação", diz o virologista nigeriano Oyewale Tomori.

Infografik Ebola Zeitleiste Portugiesisch

Mas o que acontece exatamente ao corpo de alguém que é infetado com ébola? Por que razão o corpo dos jovens combate melhor o vírus do que o de pessoas mais velhas? Estas são alguma das muitas questões que continuam sem resposta, porque o mundo ainda não tinha despertado, como desta vez, para o ébola e ainda precisa de aprender a lidar com o vírus e estudá-lo melhor. Antes deste novo surto, nas últimas quatro décadas morreram 2500 pessoas infetadas com ébola – menos do que as pessoas que são infetadas diariamente com VIH ou tuberculose.

Agora, os cientistas aumentaram os esforços para descobrir uma vacina e medicamentos contra o ébola. A Organização Mundial de Saúde (OMS) espera poder providenciar vacinas a milhares de pessoas das regiões mais afetadas pelo ébola até ao final de 2015; a OMS conta com um milhão de doses da vacina.