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Agências pedem soluções para os conflitos em Moçambique

28 de outubro de 2022

As agências alemãs de ajuda humanitária Pão para o Mundo e Misereor apelam para uma busca de soluções concretas para os conflitos em Moçambique. E realçam que as soluções militares são insuficientes.

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Moçambique Província de Nampula, Deslocados Vítimas de Terrorismo
Agências pedem soluções para os conflitos em MoçambiqueFoto: Roberto Paquete/DW

As agências alemãs de ajuda humanitária Pão para o Mundo e Misereor, ligadas às igrejas protestante e católica respetivamente, apelaram, esta sexta-feira (28.10), para a busca desoluções mais concretas para os conflitos em Moçambique no Sul de África. A fim de aliviar a situação de crise na província Cabo Delgado, as opções militares não devem ser o único foco, disseram ambas as agências de ajuda.

Pobreza extrema em Cabo Delgado

A pobreza é particularmente elevada em Cabo Delgado,  apesar da província tem enormes depósitos de gás natural e minerais. Após a invasão russa da Ucrânia e a crise energética associada, a região no norte de Moçambique tornou-se o foco dos Estados europeus e das empresas internacionais. Além disso, desde 2017, têm-se registado repetidos conflitos armados com milhares de mortos e cerca de 700.000 refugiados.

Vida quotidiana e militarismo em Cabo Delgado
Opções militares não devem ser o único foco, dizem as agências humanitáriasFoto: Roberto Paquete/DW

A União Europeia (UE) apoia Moçambique com uma ajuda militar no valor de 89 milhões de euros. Em Setembro, aprovou mais 15 milhões de euros para apoiar financeiramente uma força de intervenção dos Estados da África Austral. Está também previsto cobrir os custos das tropas ruandesas estacionadas na zona de crise para pacificar a área e estabilizar a situação no terreno.

Solução duradoura para o conflito é 'urgente e necessária'

A Misereor advertiu que uma solução duradoura para o conflito é urgente e necessária, e que a segurança da população deveria ser o foco das medidas de apoio político. A Pão para o Mundo exigiu um enfoque em toda a região e não apenas na infra-estrutura de gás: "Não devem ser criadas ilhas de segurança para projectos económicos, enquanto à sua volta o conflito continua sem diminuir à custa da população civil".

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