Alemanha, Portugal, Turquia: todos querem investir em Angola
23 de julho de 2012A Feira Internacional de Luanda, FILDA, somou mais um sucesso a julgar pelos 700 expositores e pela grande qualidade dos equipamentos, produtos e serviços expostos durante os seis dias do certame, que terminou este domingo (22.07).
A Alemanha fez-se representar por mais de 20 empresas nas áreas da construção de infraestruturas e da tecnologia de ponta. O país deixou um sinal claro de que, cada vez mais, pretende fortalecer os laços com Angola.
"É muito importante para as empresas alemãs se fazerem representar aqui, principalmente no tocante a infraestruturas, projetos de transporte, projetos de construção de estradas e pontes", disse Oliver Seifert, responsável do pavilhão da Alemanha na feira. "É por isso que a grande maioria das empresas aqui é ligada à área de infraestruturas".
A empresa alemã Siemens quer oferecer a Angola a sua experiência no domínio da produção, transporte e distribuição de energia e formação de quadros nessa área. A Siemens assinou um acordo com o instituto de tecnologias de Angola para a formação de quadros na Alemanha.
Aposta forte da Turquia
A Turquia é um dos países que se afigura como um dos novos parceiros económicos de Angola. Na sua primeira participação, o país foi o maior expositor, com 90 empresas presentes, tendo superado a hegemonia portuguesa.
A proposta turca de parceria e cooperação com Angola, passa pela setor alimentício, industria automóvel ou, por exemplo, eletrodomésticos.
Portugal também quer investimento angolano
Portugal trouxe 80 expositores para a FILDA. Para o Ministro-adjunto e dos Assuntos Parlamentares português, Miguel Relvas, as relações com Angola são inseparáveis, daí registar-se um crescimento do investimento privado nos dois países.
"Queremos atrair o investimento estrangeiro, queremos estabelecer aqui uma relação de duplicidade – uma duplicidade saudável entre empresas portuguesas e empresas angolanas. Esse é o caminho", disse Relvas.
Investimento para a reconstrução
Para o executivo angolano, a Feira Internacional de Luanda é a maior montra de negócios e de captação de investimento estrangeiro que o país precisa para a sua reconstrução e crescimento.
O Ministro da Indústria, Joaquim David, reconhece pois a importância dos expositores no certame: "Queremos expressar a vontade do governo de Angola de continuar a funcionar em parcerias".
Joaquim David adiantou que o executivo continua a estar aberto "à presença e ao investimento estrangeiros, às trocas comerciais, à aprendizagem tecnológica" para que, no fim, "todos ganhem".
Autor: António Carlos (Luanda)
Edição: Guilherme Correia da Silva / António Rocha