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Alemanha reorienta cooperação com África nas áreas de educação e pesquisa

Nina Werkhäuser / Marta Barroso24 de março de 2014

Um tipo de cooperação de igual para igual deverá agora substituir a ajuda alemã ao continente africano, que até agora se tem mostrado bem intencionada, mas também paternalista.

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Investigadores do Centro de Serviços Científicos sobre as Mudanças Climáticas e a Gestão Adaptável de Terras da África Austral (SASSCAL) na África do SulFoto: Norbert Jürgens

"A nossa intenção é cooperar em questões de pesquisa”, disse recentemente a ministra da Educação alemã, Johanna Wanka, numa conferência internacional em Berlim.

No encontro cerca de 400 profissionais de África e da Alemanha apresentaram sugestões para a futura estratégia para a educação e pesquisa do Governo alemão para África.

Na conferência em Berlim esteve também Anna Shiweda, secretária de Estado adjunta para a Agricultura, Águas e Florestas da Namíbia. É também vice-diretora do Centro de Serviços Científicos sobre as Mudanças Climáticas e a Gestão Adaptável de Terras da África Austral (SASSCAL), uma iniciativa entre Angola, o Botsuana, a Namíbia, a África do Sul, a Zâmbia e a Alemanha com sede na capital da Namíbia, Windhuk.

Segundo Anna Shiweda, a cooperação com a Alemanha é muito importante. Berlim é o maior doador do SASSCAL e as alterações climáticas não têm limites.

Anna Shiweda, Vize-Direktorin von SASSCAL
Anna Shiweda, secretária de Estado adjunta para a Agricultura, Águas e Florestas da Namíbia e vice-diretora do SASSCALFoto: SASSCAL

“A Alemanha apoia não apenas através de donativos, mas também no desenvolvimento técnico nas áreas de proteção do clima e uso de terras”, acrescenta.

“Peritos alemães vão para a Namíbia, Angola, Botswana, Zâmbia e África do Sul. Por outro lado, nós cooperamos com várias universidades alemãs e uma série de investigadores. Trabalhamos com eles nos temas que nós mesmos definimos.”, explica Anna Shiweda.

Pesquisa sobre alterações climáticas

Os dois centros de pesquisa sobre alterações climáticas na África Ocidental e Austral são um projeto-piloto e poderão servir de modelo para mais cooperações. Não abordam apenas um tema global – as alterações climáticas – mas permitem também a troca de experiências direta entre investigadores africanos e alemães.

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Entretanto, já foi aberto um escritorio regional em Windhuk e foi recrutado pessoal. “Ficamos contentes que a Alemanha continue a dar apoio financeiro. Mas também temos de conseguir que os nossos governos ponham mais meios à disposição, porque o dinheiro da Alemanha nao irá durar sempre”, adverte Anna Shiweda.

A secretária de Estado adjunta também defende que “os países africanos têm de tomar a iniciativa para fazer avançar este processo.”

Os recursos alemães beneficiam os parceiros africanos no projeto que começou em 2009. Em troca, os alemães aprendem dos parceiros como as alterações climáticas afetam a região da África Austral e, por exemplo, o que é possível fazer contra a degradação dos solos, proveniente das alteracoes climáticas.

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