Alianças partidárias: Um "Bloco de Solução" a caminho
26 de fevereiro de 2024Neste projeto estão unidos o Partido Democrático para o Progresso da Aliança Nacional Angolana (PDP-ANA), o Partido Nacional de Salvação de Angola (PNSA), ambos integrantes da Convergência Ampla de Salvação de Angola -- Coligação Eleitoral (CASA-CE), e o Movimento de Unidade Nacional (MUN), ainda em processo de legalização.
Segundo o presidente do PDP-ANA, Abreu Capitão, no sábado (24.02) estas três forças políticas estiveram reunidas para abordar a futura aliança, com o objetivo de se criar uma coligação eleitoral. "A tendência é fazermos uma coligação forte, jamais vista em Angola, capaz de surpreender os angolanos pela positiva", disse á Lusa Abreu Capitão.
O político realçou que para este movimento estão a ser chamados além de partidos políticos, a sociedade civil, nomeadamente associações estudantis e igrejas. "Não queremos encontrar, no futuro, um angolano que trabalhe e não tenha nada a oferecer ao seu filho na mesa, queremos encontrar um angolano que trabalhe, que tenha projetos para o futuro, que tenha alguma coisa para a vida", disse o líder do PDP-ANA, criticando o atual quadro social do país.
PDP-ANA em duas alianças
Questionado se, com a criação deste projeto político, se concretiza a saída do PDP-ANA da CASA-CE, Abreu Capitão disse que o partido continua a fazer parte da coligação eleitoral, mas o objetivo é fazer com que as restantes forças políticas que a integram se juntem à futura plataforma política.
A CASA-CE, coligação eleitoral que surgiu na cena política angolana em 2012, era integrada por seis partidos políticos - PDP-ANA,e Partido Pacífico Angolano (PPA) -, tendo conseguido oito deputados nas eleições gerais de 2012, número que duplicou em 2017.
Nas últimas eleições de 2022, a coligação, que teve na sua criação a liderança de Abel Chivukuvuku, entretanto destituído pelos seus parceiros, não elegeu qualquer deputado.
"O projeto visa, no futuro, termos pelo menos quatro a cinco partidos fortes, para não irmos para as eleições de forma dividida. Só assim podemos derrubar o partido no poder", salientou.
Abreu Capitão afirmou que quatro partidos políticos aceitaram aderir ao projeto, sem revelar quais.
"Temos quatro partidos que já aceitaram, cabe aos próprios presidentes saírem à rua para declararem", acrescentou.