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CASA-CE quer que Parlamento debata repressão a manifestações

Lusa
17 de novembro de 2020

Morte de Inocêncio Matos motiva CASA-CE a propor um debate parlamentar sobre a repressão de manifestações em Angola. Versões sobre a morte de estudante ainda são desencontradas e família exige resultado da autópsia.

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Angola I Demonstranten protestieren gegen COVID-19-Maßnahmen in Luanda  (Borralho Ndomba/DW)
Foto: Borralho Ndomba/DW

A Convergência Ampla de Salvação de Angola - Coligação Eleitoral (CASA-CE) popõe um debate "com caráter de urgência" sobre a opressão e repressão de manifestações, depois da morte de Inocêncio Matos durante um protesto na semana passada.

Num comunicado, o presidente do grupo parlamentar da CASA-CE, Alexandre Sebastião André, solicitou a realização de um debate sobre "o tema 'o exercício dos direitos de cidadania versus opressão e a repressão das manifestações'".

"A referida proposta surge da necessidade urgente de um debate parlamentar sobre a atual situação, bem como do necessário envolvimento da Assembleia Nacional em busca de caminhos para a solução dos problemas", refere a proposta obtida pela agência Lusa. 

Na passada sexta-feira, a mesma coligação tinha condenado a "violência gratuita" da polícia de Angola contra "cidadãos indefesos", numa manifestação na passada quarta-feira, em Luanda, que resultou na morte de Matos.

LuandaLuanda | Alexandre Sebastião André | Präsidenten CASA-CE (DW/B. Ndomba)
Alexandre Sebastião André quer debater "em caráter de urgência"Foto: DW/B. Ndomba

A vice-presidente para a Comunicação e Marketing da CASA-CE, Cesinanda Xavier, defendeu que a sua coligação e os angolanos precisam de uma explicação sobre a morte do jovem manifestante, defendendo um "inquérito para se punir os responsáveis

"Todos nós queremos saber a razão do porquê da morte deste cidadão. Uma morte é sempre uma morte, e não se deve enveredar pela violência gratuita, porque os cidadãos estavam indefesos e a polícia vai armada", disse, então, em entrevista à Lusa.

Para Cesinanda Xavier, "não há necessidade do uso de uma força extrema a ponto de se retirar uma vida e sobretudo uma vida jovem". A família de Inocêncio Matos exige os resultados da autópsia. Polícia e ativistas divergem quanto às causas da morte do estudante de 26 anos.

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