Angola discorda com relatório da Amnistia Internacional
26 de fevereiro de 2016Publicidade
Na passada quarta-feira (24.02), a Amnistia Internacional lançou um novo relatório, no qual Angola consta na lista dos países que menos respeitaram os Direitos Humanos em 2015. As autoridades angolanas ficaram incomodadas e o governo de José Eduardo dos Santos desacredita o trabalho feito pela Organização Não Governamental (ONG).
António Bento Bembe, secretário de Estado dos Direitos Humanos em Angola, questiona os métodos utilizados pela Amnistia Internacional e considera o relatório "vazio" e "precipitado", pois não condiz com a realidade. "Já estamos habituados a este tipo de declarações. São discursos vazios, não são capazes de poder falar de uma forma detalhada sobre essas declarações dos Direitos Humanos. Aliás, eles estão aqui a levantar uma temática que suscita debate. As pessoas tiram sempre conclusões apressadas que muitas das vezes discutidas profundamente não são assim. Elas não têm essa responsabilidade de avaliar os Direitos Humanos. Somente a ONU tem essa competência".
O secretário de Estado diz ainda que os relatórios de organizações que defendem os direitos humanos são provocadores. Segundo Bento Bembe, o objetivo destas organizações é de conseguirem financiamentos para projetos que só insultam os governos: "se não fizerem estas declarações, quem os financia deixa de dar dinheiro. Normalmente essas organizações querem financiamento de outras organizações. Portanto, é preciso que elas façam declarações quentes ou provocadoras para dar a entender que estão mesmo a trabalhar. Mas infelizmente não é verdade. Numa discussão direta elas só terão duas opções. Ou se calam ou aceitam a derrota".
"Angola não está disponível para aceitar críticas"
António Bento Bembe, secretário de Estado dos Direitos Humanos em Angola, questiona os métodos utilizados pela Amnistia Internacional e considera o relatório "vazio" e "precipitado", pois não condiz com a realidade. "Já estamos habituados a este tipo de declarações. São discursos vazios, não são capazes de poder falar de uma forma detalhada sobre essas declarações dos Direitos Humanos. Aliás, eles estão aqui a levantar uma temática que suscita debate. As pessoas tiram sempre conclusões apressadas que muitas das vezes discutidas profundamente não são assim. Elas não têm essa responsabilidade de avaliar os Direitos Humanos. Somente a ONU tem essa competência".
O secretário de Estado diz ainda que os relatórios de organizações que defendem os direitos humanos são provocadores. Segundo Bento Bembe, o objetivo destas organizações é de conseguirem financiamentos para projetos que só insultam os governos: "se não fizerem estas declarações, quem os financia deixa de dar dinheiro. Normalmente essas organizações querem financiamento de outras organizações. Portanto, é preciso que elas façam declarações quentes ou provocadoras para dar a entender que estão mesmo a trabalhar. Mas infelizmente não é verdade. Numa discussão direta elas só terão duas opções. Ou se calam ou aceitam a derrota".
"Angola não está disponível para aceitar críticas"
Jesse Lufendo é ativista da ONG OMUNGA e considera que as ONGs são livres de relatar factos sobre os Direitos Humanos e os Estados também são livres de aceitá-las ou não. O ativista acrescenta que o Governo angolano não está disponível para aceitar a crítica, porque todas as vezes que as ONGs apresentam relatórios desfavoráveis para o país, nunca são aceites. No entanto, quando são elogiados, agradecem.
"Isto é um sinal de que nunca estamos disponíveis a aceitar as crítica para podermos melhorar. Achamos que estamos bem quando na verdade não estamos nada bem", acrescentou Jesse Lufendo.
Publicidade