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FLEC reivindica morte de 18 soldados das FAA em Cabinda

Lusa
29 de agosto de 2022

As Forças Armadas de Cabinda (FLEC-FAC) alegam a morte de 18 soldados das Forças Armadas Angolanas (FAA) em várias operações esta madrugada na área de Necuto, em Cabinda.

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(Foto de arquivo)Foto: DW/B. Ndomba

A Frente para a Libertação do Estado de Cabinda - Forças Armadas de Cabinda (FLEC-FAC) reivindicou esta segunda-feira (29.08) a morte de 18 soldados das Forças Armadas Angolanas (FAA) em várias operações esta madrugada na área de Necuto, em Cabinda.   

O braço armado do movimento independentista cabindês anunciou ter matado seis soldados na aldeia de Bembica, na área de Necuto, junto a área de Pinto da Fonseca numa operação entre as 23:30 de domingo e as 00:40 de hoje, em que se apoderou de 12 metralhadoras AK4, cinco lança-rockets e munições, de acordo com um comunicado da FLEC-FAC, assinado por Ricardo Danda wa Danda, comandante das forças especiais das FAC. 

Cerca de três horas mais tarde, as forças rebeldes alegam ter atacado uma patrulha das FAA mais a sul, na mesma área, tendo matado mais quatro soldados e ferido outros dois, mais uma vez apoderando-se de material militar abandonado. 

A FLEC-FAC afirma ainda ter atacado uma viatura militar das FAA pelas 04:50 horas na estrada que liga as vilas de Nova Beirra, na fronteira entre Necuto e Dinge, fazendo três mortos "com fardamentos dos marinheiros da marinha nacional angolana" e "vários" feridos no lado das forças angolanas.

Finalmente, às 06:05 horas, "cinco soldados angolanos foram mortos e vários outros feridos numa emboscada entre as aldeias de Caio N'Guala e Cungo Butuno, no desvio para a aldeia de Baca", segundo o mesmo comunicado.

A FLEC mantém há vários anos uma luta pela independência do território, de onde provém grande parte do petróleo angolano, alegando que o enclave era um protetorado português - tal como ficou estabelecido no Tratado de Simulambuco, assinado em 1885 - e não parte integrante do território angolano.

O Governo angolano recusa normalmente reconhecer a existência de soldados mortos resultantes de ações de guerrilha dos independentistas, ou qualquer situação de instabilidade naquela província do norte de Angola, sublinhando sempre a unidade do território.

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