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Angola: Município de Dande promete resolver problema do lixo

7 de outubro de 2022

A falta de aterros sanitários e os défices no tratamento do lixo na província angolana do Bengo preocupam a comunidade local. As autoridades reconhecem o perigo para a saúde, mas queixam-se de falta de fundos.

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Lixo no Bengo
Foto: António Ambrósio/DW

Se o surgimento de amontoados de lixo em vários pontos da cidade já é uma preocupação, os défices na recolha dos resíduos sólidos que são depositados em locais impróprios indignam a população.

Madalena Mateus, munícipe do Dande, lamenta a situação, que diz ser uma ameaça à saúde: "Penso que as empresas de recolha de lixo deveriam ser mais eficientes, não só na recolha de lixo à beira da estrada, que também está mal, mas ao nível também das vias terciárias dentro dos bairros."

Urge incinerar o lixo

Josefa Manuel, outra residente do município sede da província angolana do Bengo, também está bastante preocupada com a falta de aterros sanitários. "O lixo tem de ser levado para uma vala comum onde pode ser incinerado", disse Manuel à DW África.

Mulher lança fogo a lixo
O lixo tem que ser profissionalmente tratado para não colocar risco à saúde e ao ambienteFoto: picture-alliance/dpa/W.Langenstrassen

O administrador municipal do Dande reconhece a falta de locais apropriados para o tratamento do lixo. Fonseca Canga sabe dos perigos que podem advir da situação. Um aterro sanitário está em planeamento há dez anos, avança. Mas a falta de dinheiro obrigou a adiar o projeto.

Administração preocupada

"Nós estamos preocupados porque sabemos que as condições que a administração possui não são das melhores" disse o responsável. "Logo, pode ter consequências para as nossas populações."

Canga adiantou que a sua administração está empenhada em resolver o problema. "Essa situação tem os dias contados", prometeu, explicando que já foi posto em andamento o processo de despejo dos resíduos em local apropriado já na próxima semana.

Não sendo ainda a solução ideal, por não se tratar de um aterro propriamente dito, é um primeiro passo. "Queremos transformar aquilo numa lixeira com maior dignidade", disse Canga à DW África.

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