1. Ir para o conteúdo
  2. Ir para o menu principal
  3. Ver mais sites da DW

Angola: Segunda dose está garantida, segundo ministério

Lusa
26 de junho de 2021

Ministério da Saúde de Angola garantiu que não há falta de vacinas contra o coronavírus para administração da segunda dose no país.

https://p.dw.com/p/3vb2F
Angola Corona-Pandemie | Beginn Impfung
Foto: Osvaldo Silva/AFP

Numa declaração à imprensa na sexta-feira (25.06), o secretário de Estado para a Área Hospitalar, Leonardo Inocêncio, relembrou que o plano de vacinação teve início no dia 2 de março deste ano, tendo duas etapas - a primeira com o objetivo de vacinar 20% da população, nomeadamente pessoal ligado à saúde, ensino, idosos acima de 65 ano com comorbidades, forças de defesa e segurança e autoridades em função executiva.

Na segunda etapa, prevê-se vacinar a população com idades entre 18 e 39 anos, vendedores de mercados populares, motoristas de viaturas de serviços públicos e moto-taxistas que vão totalizar 29% da população.

Leonardo Inocêncio frisou que foram chamadas as pessoas que receberam a primeira dose para tomarem a segunda dose da vacina.

"Informamos que estamos a fazer tudo para garantir a segunda dose a todas as pessoas e reiteramos que o plano nacional de vacinação tem quatro vacinas fundamentais a AstraZenca, Sinopharm, Sputnik e Pfizer", referiu o governante angolano, salientando que as mesmas têm sido adquiriras através da iniciativa COVAX, de acordos bilaterais e de doações.

Leonardo Inocêncio disse que estão em curso outras iniciativas, que mais adiante vão informar atempadamente.

"Chamar atenção às pessoas vacinadas com a vacina da AstraZeneca, Sinopham, Pfizer, que a segunda dose está garantida e vão apanhar no prazo estabelecido. Quanto à Sputnik, há um ligeiro atraso, mas a mesma far-se-á em tempo adequado, para antes de 90 dias termos a segunda dose para todos que já fizeram a sua primeira dose", adiantou.

Diplomacia da saúde

O secretário de Estado para a Área Hospitalar disse que a aquisição de vacinas está a ser um desafio a nível internacional, que apesar do mercado concorrido, as autoridades angolanas estão a fazer esforço, com vista a garantir a vacina para todos os seus cidadãos.

"Apelamos sobretudo à calma neste momento, principalmente para os que fizeram a primeira dose da vacina da Sputnik, pelo que já referimos anteriormente. Continuamos a trabalhar afincadamente na diplomacia de saúde, para aquisição de mais vacinas para todos os cidadãos", sublinhou.

Data visualization COVID-19 New Cases Per Capita – 2021-06-23 – Africa - Portuguese (Africa)

Segunda dose

Segundo a diretora nacional de Saúde Pública, Helga Freitas, os utentes que receberam a vacina da AstraZenca depois de 24 de maio terão que aguardar a comunicação para a sua segunda dose, realçando que estas pessoas ainda não cumpriram o tempo para fazerem a segunda dose.

"Estamos neste momento a administrar a segunda dose da Sinopharm e iniciaremos amanhã [sábado, 26.06] a segunda dose da vacina Pfizer", acrescentou.

Sobre a Sputnik, Helga Freitas frisou que, dado que o período entre a primeira e a segunda dose é de três meses, será oportunamente comunicada a data para o início da segunda dose.

"A forma rigorosa como temos estado a gerir a escassa vacina e a administração cuidada têm permitido implementar com sucesso o objetivo do Ministério da Saúde, o de não perder uma só dose que seja, o que tem permitido e irá permitir garantir o acesso do país a mais vacinas seguras", destacou.

Processo de vacinação

A implementação do plano de vacinação arrancou em Angola com prioridade para as pessoas mais expostas e de maior risco - nomeadamente os trabalhadores de saúde, professores, forças armadas, defesa e segurança e pessoas com mais de 65 anos, com comorbidades associadas, processo que foi expandido às 18 províncias do país.

Angola Luanda Gesundheitsministerium
Ministério da Saúde de AngolaFoto: DW/Borralho Ndomba

Durante três meses, foram disponibilizadas vacinas em 175 postos de vacinação, dos quais 45 postos de alto rendimento, e através de 130 equipas avançadas, que se deslocaram aos municípios e a lares de idosos, centros de hemodiálise e ao encontro de pessoas privadas de liberdade e com dificuldade de mobilidade.

"Nesta fase, foram administradas 1.492.548 doses, destas 944.931 foram primeiras doses e 547.000 segundas doses", informou a diretora nacional de Saúde Pública, Helga Freitas.

No setor da saúde, foram vacinadas 272.963 pessoas com a primeira dose e 145.024 com a segunda dose.

Na Educação, beneficiaram da primeira dose 195.264 pessoas e receberam a segunda dose 147.049 trabalhadores.

Relativamente às Forças de Defesa e Segurança, foram vacinados 198.277 utentes com a primeira dose e, destes, já receberam a segunda dose 140.777 pessoas.

Quanto ao grupo de pessoas com mais de 65 anos e com comorbidades associadas, foram vacinadas 95.973 com a primeira dose e, destas 73.705, já receberam a segunda dose.

Helga Freitas informou que o stock da vacina da AstraZeneca foi utilizado na sua totalidade e sem perdas para as primeiras e segundas doses.

Angola registou até à data 38.371 casos positivos, 883 mortos, 32.605 recuperados e 4.883 ativos.

Covid-19: Vacina chinesa faz avançar imunização no Chade