Ano letivo começa com poucos docentes no sul de Moçambique
21 de janeiro de 2017Só para o ano lectivo de 2017, que arrancou esta sexta-feira (20.01), foram contratados 507 novos professores, perfazendo um total 11.517 que vão lecionar 485 mil alunos de vários subsistemas de ensino na província de Inhambane. A província, no sul de Moçambique, tem um défice de 1.344 professores.
"Em relação ao ano passado, registámos um decréscimo de aproximadamente 100 professores" contratados, revelou Josefina Come, Diretora Provincial da Educação e Desenvolvimento Humano, em Inhambane. Ao mesmo tempo, há "um crescimento em termos de efetivos de alunos", acrescenta.
A falta de docentes "terá uma implicação" no sistema de saúde, reconhece Josefina Come. Mas "estamos a trabalhar no sentido de fazermos a distribuição das cargas horárias sem que isso afete o bom funcionamento da escola", acrescenta a Diretora Provincial da Educação e Desenvolvimento Humano em Inhambane.
Perante o baixo número de professores nas escolas, as autoridades têm desenvolvido estratégias. Em particular, "no sentido de atribuirmos horas extras a determinados professores, de atribuir uma segunda turma a outros professores sem, contudo, mexer no rácio aluno-turma. Enquanto não tivermos professores suficientes, vamos continuar a recorrer a hora extras e [à formação de uma] segunda turma para podermos assegurar que todas crianças estão nas salas de aulas a aprender", sublinha Josefina Come.
Metas continuam por alcançar
Enquanto faltam professores, o número de alunos poderá aumentar nos próximos dias.Há ainda "vagas em Inhambane para matricula da 1ª, 6ª, 8ª e 12ª classes, dependendo do distrito".
Há distritos que "podem ter atingido as metas em determinadas classes, mas há distritos que estão ainda a 50% das metas de matrícula", adianta Diretora Provincial da Educação e Desenvolvimento Humano em Inhambane.
Na primeira semana de aulas poderá registar-se uma maior afluência às escolas para efeitos de matrícula, alertou por último Josefina Come.