APN quer firmar sua base eleitoral em Angola
23 de abril de 2022A Aliança Patriótica Nacional (APN) quer firmar a sua base eleitoral em todo o espaço do território angolano. Agora, os 301 delegados discutem estratégias para concorrer às eleições gerais com a plataforma política "Angola Unida".
A plataforma é um projeto semelhante ao da Frente Patriótica Unida (FPU) que congrega UNITA, Bloco Democrático e o PRA-JA Servir Angola.
Quintino Moreira, candidato único ao primeiro congresso do APN reafirmou no seu discurso de abertura a necessidade de todas as forças políticas da oposição se unirem para em conjunto efetivarem a alternância política em Angola.
Proposta
"Nestes termos, propomos a criação do Amplo Movimento Angola Unida, na perspectiva de congregarmos os ex-partidos políticos extintos pelo Tribunal Constitucional desde o ano de 2012, bem como todas as comissões instaladoras que não passaram do crivo daquela instância judicial do país", anunciou o político angolano.
A Aliança Patriótica Nacional deve, segundo o seu líder, "melhorar a sua capacidade de íntegração , pois ela é a chave para o sucesso e para o crescimento de um partido".
Com isso, Quinto Moreira apela os militantes a trabalhar mais para o aumento da base eleitoral. "Devemos ganhar novos eleitores com outros interesses e jovens eleitores com outro estilo de vida, bem como para estabelecer um vínculo permanente com esses eleitores".
Aos delegados, o presidente do APN destacou também a necessidade de o partido melhorar a capacidade de realização da campanha eleitoral de qualidade bem como a elaboração de um programa de governação viável para o país.
"Missão sagrada"
"Este congresso tem a missão sagrada de renovar a direção política com homens e mulheres firmemente empenhados em fazer da APN um partido de referência no plano nacional e internacional, mas sobretudo, erguer um partido aberto à filiações e que abra espaço de participação no processo eleitoral de cidadãos e cidadãs que não têm qualquer vínculo com o partido", disse Quintino Moreira.
A APN foi o partido menos votado nas eleições gerais de 2017 (com 0,5% dos votos) e o primeiro a reconhecer o Governo eleito de João Lourenço. Sem assento parlamentar, diz agora que quer conquistar o poder nas eleições deste ano.