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Arranque da campanha eleitoral em Nampula

Sitoi Lutxeque (Nampula)
2 de março de 2018

Os partidos derrotados na primeira volta da eleição do presidente do município de Nampula, no norte de Moçambique, prometem apoiar a RENAMO na segunda volta, a 14 de Março.

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Foto: DW/S. Lutxeque

Arranca neste sábado (03.03), com duração de dez dias, a campanha eleitoral para a segunda volta da votação do presidente da autarquia de Nampula, no norte de Moçambique. Os dois candidatos que disputam a presidência do Município de Nampula nas eleições de 14 de Março, são Paulo Vahanle, a maior formação da oposição, a Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO) e Amisse Cololo, da Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO), no governo em Maputo.

Caifadine Manasse, porta-voz da FRELIMO, assegurou que tudo está preparado no seu partido para que a campanha decorra sem sobressaltos: "A FRELIMO vai continuar a fazer uma campanha muito civilizada, serena e com vivacidade. Vai, também, transformar o processo num momento de festa em que o resultado tem que ser a vitória”, disse. Recorde-se que o candidato do partido governamental obteve 44,5% dos votos na primeira volta em 24 de janeiro.

RENAMO não divulga estratégia

Mosambik Renamo Kandidat Paulo Vahanle
O candidato da RENAMO Paulo VahanleFoto: DW/S. Lutxeque

O representante da RENAMO, Paulo Vahanle reuniu 40 por cento dos votos. O seu partido diz-se, também, preparado. Inácio João Reis, chefe do Departamento Nacional de Mobilização, afirmou: "A RENAMO está preparada porque é um partido que ganha por realidade. Portanto estamos confiantes que vamos ganhar na segunda volta”. Reis apelou para os munícipes no sentido de irem votar, na esperança de inverter o resultado da primeira volta. "Nós Já traçámos as nossas estratégias. Não posso avançar quais são, senão seremos copiados”, acrescentou.

A RENAMO inicia a presente campanha mais confiante ainda pelo apoio que tem vindo a receber dos partidos derrotados na votação passada, nomeadamente o Movimento Democrático de Moçambique (MDM) e o Partido Humanitário de Moçambique (PAHUMO).

Partidos derrotados apelam para voto na RENAMO

Vasco Napaua, delegado provincial do MDM em Nampula, diz que vai "orientar os seus membros e simpatizantes para depositarem o seu voto no dia 14 de Março ao candidato da RENAMO, Paulo Vahane”. Diz ainda que vai apelar aos munícipes que participem na campanha e na votação duma forma "democrática e livre das amarras materiais”.

Vitorino Raque, delegado provincial do PAHUMO, em Nampula, explica que "olhando os manifestos, a Comissão Politica Provincial chegou á conclusão que o Partido Humanitário de Moçambique vai apoiar o candidato da RENAMO, Paulo Vahanle. Queremos a partir de já mobilizar os nossos simpatizantes", disse.

Polícia atenta a distúrbios

Mahamudo Amurane, Bürgermeister von Nampula sagt, er ist kein Mitglied der MDM-Partei mehr
O assassínio do edil Mahamudo Amurane tornou necessárias as intercalares em NampulaFoto: DW/Sitoi Lutxeque

Os apoios ao candidato da RENAMO multiplicam-se. O recém-criado Partido Liberal para o Desenvolvimento Sustentável (PLDS), constituído pelos membros do Projeto Político Mahamudo Amurane, também garantiu os votos a Paulo Vanhanle, segundo o líder Abdulremane Andarusse: "A luta principal é pela mudança. Então nós apoiamos qualquer partido que apresente planos de mudanças. E, neste momento, o único e que apoiamos claramente é a RENAMO”, disse.

Em Nampula a Polícia da República de Moçambique avisa que não dará tréguas a quem perturbe a ordem pública durante a campanha eleitoral. Segundo o porta-voz da polícia em Nampula, Zacarias Nacute: "Iremos intensificar as nossas ações, uma vez que, tratando-se de uma campanha eleitoral, são momentos críticos em termos de desestabilização da ordem e tranquilidade púbicas. A polícia vai garantir que este processo decorre na maior tranquilidade”.

A campanha eleitoral para a primeira volta em Janeiro ficou marcada pelo assassínio de Buana Agostinho Buana, membro do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), quando colava panfletos. As eleições intercalares tornaram-se necessárias por causa do assassínio do edil de Nampula, Mahamudo Amurane, em outubro. Ambos os crimes continuam por esclarecer.

Protestos no adeus ao edil de Nampula

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