Ataque a Trump: Suspeita de encenação e ligações à Ucrânia
16 de setembro de 2024No domingo, Donald Trump, ex-presidente dos Estados Unidos e atual candidato à presidência pelo Partido Republicano, foi novamente alvo de uma tentativa de homicídioenquanto jogava golfe em West Palm Beach, na Florida. O suspeito, identificado como Ryan Routh, de 58 anos, natural do Havai, foi detido nas imediações do clube de golfe com uma metralhadora AK-47 equipada com uma mira telescópica.
De acordo com fontes policiais citadas pela CNN, Fox News e The New York Times, Routh foi prontamente neutralizado pelos agentes dos Serviços Secretos, que dispararam ao avistá-lo armado. O FBI está a investigar o caso como uma tentativa de assassinato.
Ligações do suspeito à Ucrânia
Routh, que é apontado como o principal suspeito do atentado, tem um passado ligado à Ucrânia. Durante o verão de 2022, ele esteve em Kyiv, onde, segundo declarações dadas à Newsweek Romania, procurava incentivar outras pessoas a lutar pela Ucrânia contra a invasão russa. Na altura, afirmou que a guerra na Ucrânia era "uma batalha entre o bem e o mal". No entanto, a Legião Internacional, organização que recruta voluntários estrangeiros para combater ao lado das forças ucranianas, negou qualquer envolvimento ou ligação com Routh.
Routh tentou inicialmente juntar-se à luta armada, mas foi recusado devido à sua idade e à falta de experiência militar. Após esta recusa, dedicou-se a promover o recrutamento de civis para apoiar o esforço de guerra ucraniano.
Suspeitas de encenação
O caso tem vindo a gerar controvérsia, com rumores que sugerem a possibilidade de o incidente ter sido encenado. De acordo com informações divulgadas, fontes ligadas à investigação afirmam que as ligações de Routh à Ucrânia estão a ser investigadas, uma vez que surgiram suspeitas de que a tentativa de homicídio poderia ter sido orquestrada com outros objetivos, possivelmente relacionados com a situação política americana ou até com o contexto geopolítico internacional.
Esses rumores levantam a possibilidade de que o ataque tenha sido montado para influenciar a campanha eleitoral de Trump, que tem enfrentado várias situações judiciais e políticas delicadas.
Reações e medidas de segurança
Após o incidente, Donald Trump assegurou aos seus apoiantes que estava "seguro e bem" e que a tentativa de homicídio apenas reforçou a sua determinação em continuar a sua campanha para as eleições presidenciais de 2024. "Nada me fará abrandar", afirmou Trump, num discurso dirigido aos seus seguidores.
O atual presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, reagiu de imediato ao incidente e ordenou o reforço da segurança de Trump, garantindo que os Serviços Secretos tenham todos os recursos necessários para proteger o ex-presidente e candidato republicano.
O caso continua a ser investigado pelo FBI, que tenta agora apurar todas as motivações do ataque e as possíveis ligações de Ryan Routh a grupos externos, nomeadamente à Ucrânia.