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Ataque em Niassa: Polícia descarta relação com insurgentes

Lusa
6 de outubro de 2020

Um morto é o resultado de ataque armado contra um autocarro de passageiros na província do Niassa, norte de Moçambique, na sexta-feira (02.10). "Não se trata de nenhum ataque de insurgentes. Foi um crime 'normal'" - PRM.

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Das Gefängnis Mapudje, Nordmosambik, produziert genug, um 5 weitere Gefängnisse zu versorgen.
Foto ilustrativaFoto: DW/M. David

A província do Niassa é vizinha de Cabo Delgado, no norte de Moçambique, província fustigada por uma insurgência armada há três anos. 

No entanto, o porta-voz da Polícia da República de Moçambique (PRM) no Niassa refere que "não há nenhuma relação".

"Não se trata de nenhum ataque de insurgentes. Foi um crime 'normal', um assalto à mão armada, que ocorreu às 3:00 da madrugada do dia 2", disse Alfredo Couana, porta-voz da PRM no Niassa.

Segundo a polícia, o autocarro de passageiros terá parado para remover barricadas que terão sido colocadas por um grupo de cinco pessoas num troço do distrito de Mavago e, na sequência disso, deu-se o ataque.

"O motorista quis manobrar o carro e foi alvejado mortalmente", afirmou.

 De acordo com a polícia, o grupo apoderou-se de dinheiro dos passageiros, num total de 85.000 meticais (cerca de 1.000 euros).

Mosambik Cabo Delgado | Angriffe von Islamisten
Aldeia da Paz, Cabo Delgado, depois de um ataque de insurgentesFoto: AFP/M. Longari

A PRM alega que o crime não tem o 'modus operandi' dos insurgentes.

 "Que fique muito claro que não há nenhuma ligação com os ataques e que é um delito como outros. Os assaltantes por vezes agem dessa forma, enquanto os insurgentes têm seu 'modus operandi', eles não atacam viaturas, já têm alvos específicos", referiu Alfredo Couana.

Situação em Cabo Delgado

Alguns ataques de insurgentes em Cabo Delgado foram reivindicados pelo grupo 'jihadista' Estado Islâmico, mas a verdadeira origem da rebelião continua por esclarecer.

O terrorismo em Cabo Delgado está a provocar uma crise humanitária com mais de mil mortos e 250.000 deslocados.

A província deverá acolher nos próximos anos investimentos da ordem dos 42,4 mil milhões de euros em gás natural, liderados pelas petrolíferas norte-americana Exxon Mobil e francesa Total.

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