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Criminalidade

Ataque reivindicado pelo EI faz sete mortos em Cabo Delgado

AFP | kg
6 de julho de 2019

Segundo agência de notícias France Presse, o grupo terrorista Estado Islâmico reivindicou ataque contra forças de segurança no norte de Moçambique. Este será o segundo ataque supostamente cometido pelo EI no país.

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Soldado moçambicano em aldeia atacada por jihadistas em Cabo Delgado (junho de 2018)Foto: Borges Nhamire

Sete pessoas foram mortas no norte de Moçambique esta semana num ataque jihadista reivindicado pelo Estado Islâmico (EI), informaram fontes à agência de notícias France Presse este sábado (06.07). O ataque terá ocorrido na quarta-feira passada no vilarejo de Lidjungo, no distrito de Nangade, na província de Cabo Delgado, norte de Moçambique. 

Um polícia e seis civis foram mortos, incluindo duas crianças, no ataque que ocorreu na quarta-feira passada. De acordo com o site de monitoramento de atividades jihadistas SITE Intelligence, o EI divulgou um comunicado esta sexta-feira (05.07) reivindicando a autoria do ataque. O Governo de Moçambique não confirmou se o ataque ocorreu.

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Ataques de grupos armados começaram em Mocímboa da Praia, em outubro de 2017Foto: Privat

O comunicado diz que foram atacados quarteis do Exército moçambicano. O grupo alegou ter entrado em confronto com os militares "matando e ferindo vários deles e forçando o restante a fugir". Os combatentes terão apreendido armas e munições. A identidade dos jihadistas e a motivação para o ataque são desconhecidos.

Uma fonte militar ouvida pela DW África disse que não se conhece a identidade dos atacantes, pelo que seria difícil atribuir o ataque ao EI. O alvo foi sobretudo posições militares moçambicanas. Ao nível dos civis, houve o rapto de uma mulher e a destruição de uma casa. O Governo moçambicano não se pronunciou sobre o ocorrido. 

Segundo ataque

Este foi o segundo ataque reivindicado pelo EI em Moçambique desde 3 de junho, quando os jihadistas realizaram um ataque contra uma aldeia em Metubi, a cerca de 150 quilômetros a leste de Nangade.

Os jihadistas têm como alvo pequenas comunidades de Cabo Delgado, de maioria muçulmana. Os ataques armados que ocorrem desde 2017 na província causaram a morte de mais de 250 pessoas e forçaram o deslocamento de milhares de suas casas apesar da forte presença policial na área de fronteira com a Tanzânia.