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Banco de Moçambique: "A casa não está a arder"

Leonel Matias (Maputo)
20 de junho de 2017

O governador do Banco de Moçambique, Rogério Zandamela, anunciou que o país ultrapassou no primeiro trimestre a situação de "sufoco" em que se encontrava, passando a uma fase de normalidade.

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Foto: DW/R. da Silva

Falando esta segunda-feira (19.06) no final de uma sessão do Comité de Política Monetária do Banco Central, Rogério Zandamela disse que as estatísticas apontam para uma reversão positiva da tendência da atividade económica comparando com o final de 2016.

"Nós já não estamos a gerir a crise, já passamos essa fase. Não estamos no sufoco, estamos a gerir uma situação de normalidade do ponto de vista de política monetária. A casa não está a arder", garantiu.

Antes, a situação era de pânico: as pessoas fugiam do mercado financeiro à procura de dólares. Hoje, é o contrário, afirmou o governador. "Só nas últimas duas semanas tivemos um incremento de 100 milhões de dólares. Isso mostra uma confiança dos agentes económicos nas políticas do Banco e do Estado", salientou.

Crescimento do PIB

Zandamela disse que o Banco Central está a trabalhar com tranquilidade com os agentes económicos, prevendo-se para 2017 um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) entre 4 e 4,3% e uma inflação na ordem dos 14%.

Rogério Zandamela: "A casa não está a arder"

Na sequência da apreciação da moeda nacional, o metical, o governador do Banco de Moçambique disse estar a tomar medidas para evitar euforias no mercado de câmbios para evitar "efeitos perversos" na economia que possam afectar a competitividade dos produtos.

O Comité de Política Monetária do Banco de Moçambique decidiu manter as taxas diretoras incluindo o coeficiente de reservas obrigatórias de 22.75% e introduziu o rácio mínimo de liquidez no sistema bancário nacional fixando-o em 25%.

O comité identificou três desafios internacionais, nomeadamente a recuperação da economia mundial, a volatilidade dos preços das commodities e a incerteza da situação na África do Sul e as suas implicações para o país.

No plano doméstico identificou quatro defafios: as expectativas dos agentes económicos e parceiros em relação a divulgação dos resultados da auditoria internacional no âmbito das dívidas ocultas, o agravamento do risco fiscal, a incerteza quanto a evolução futura dos preços dos combustíveis líquidos  e  outros bens serviços e administrados e a retomada do programa com o Fundo Monetário Internacional (FMI).

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