Benim: Berço do Voodoo em África
Em nenhum país se celebra o Voodoo como no Benim. Há até um feriado nacional para o efeito (10 de janeiro). Por todo o país acontecem cerimónias e festas desta religião.
Voodoo: número incerto de fiéis
Não se sabe ao certo quantos seguidores de Voodoo existem no Benim. Dados oficiais apontam para 11% de uma população de 11 milhões. Mas números não oficiais apontam para números mais altos. No país não é incomum a prática do Voodoo em simultâneo com o cristianismo.
Homenagem ao deus da varíola
Portanto, ninguém se pergunta sobre os vários altares que se vêem, principalmente pelas aldeias. A foto ilustra imagens dedicadas a Zakpata, o deus da terra. É também conhecido como o deus da varíola. Muitos deuses do Voodoo funcionam como intermediários entre as pessoas e Deus.
Cerveja e lícores para os deuses
Um simples altar é suficiente para adorar um dos númerosos deuses. Também cerimónias de rituais com oferendas são importantes. Para agradar os deuses oferecem-se licores, cerveja e cigarros. Às vezes galinhas ou cabras. As ofertas são consoante a preferência do deus.
Respostas às questões importantes da vida
Os que procuram respostas para assuntos importantes da vida podem consultar o conhecido Orácúlo Fa. Geralmente o oráculo lança os búzios e faz a sua leitura. Mas existem assuntos tabus: por exemplo, não se pode perguntar pela data da morte.
Preservar a medicina antiga
O Voodoo é muito mais do que uma simples cerimónia, festa ou oráculo. Também está intimamente ligado a conhecimentos sobre plantas medicinais usadas durante séculos para curar doenças, como por exemplo a malária.
Uso de clichês
Clichês encaixam-se em mercados de fetiches, cuja visita muitas vezes é considerada um tabu. Não apenas em Lomé, a capital do vizinho Togo. Aqui existem desde crânios de cães, peles de lagartos até crânios de leopardos, tudo o que se possa imaginar para as cerimónias de Voodoo.
Uma lembrança para levar para casa
Como recordação de viagem tem de se levar esta lembrança. Traz sorte para relações duradoiras, é apenas uma da vasta gama de acessórios mágicos fabricados especialmente para turistas.
Manter boas relações
Mas o Voodoo tem alcances mais amplos. Até a classe política confia nos seus poderes. Daagbo Hounon, chefe e representante do Voodoo em Ouidah, diz que antes das eleições os candidatos pedem a sua benção. Questionado se influencia na política Hounon opta por não responder.
Feriado oficial do Voodoo no Benin
As cerimónias no dia do Voodoo atraem muitos seguidores beninenses para Ouidah, bem como curiosos e turistas. Em 1998 o ex-Presidente do Benim Mathieu Kérékou decretou o dia 10 de janeiro como feriado oficial do Voodoo.
Festival do Voodoo em Ouidah
A maior celebração acontece na praia de Ouidah, a capital do Voodoo secreto. A volta do monumento "Porte de Non Retour", Porta sem retorno em português, reunem-se anualmente várias centenas de pessoas. A grande porta simboliza o fim da antiga rota dos escravos, que passava pela cidade. Através do comércio de escravos o Voodoo veio das Caraíbas, onde existe a maior comunidade de seguidores.
Cada aldeia tem a sua própria cerimónia
Mas também no interior do país este dia é de grande importância. Pequenas cerimónias acontecem em várias aldeias, como aqui em Kpetekpa, um lugar perto da antiga cidade real de Abomey. Através da dança de transe e cantorias os fiéis procuram contacto com Deus.