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Liberdade de imprensaGuiné-Bissau

Bissau: Sindicato apela aos jornalistas que cumpram leis

Lusa
14 de setembro de 2024

A presidente do Sindicato dos Jornalistas e Técnicos da Comunicação Social da Guiné-Bissau, Indira Correia Baldé, apelou aos profissionais do país a um maior compromisso com a lei de imprensa e a Constituição do país.

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Imagem de arquivo do The New York Forum Africa
A presidente do Sinjotecs considera que tem havido ataques à liberdade de imprensa na Guiné-BissauFoto: Godong/picture alliance

A sindicalista, que falava na abertura de um fórum sobre a desinformação e o reforço da democracia, exortou ainda os profissionais a maior sacrifício e atenção para que possam "fazer uma informação de qualidade ao serviço do povo" da Guiné-Bissau.

O fórum é organizado pela Media Foundation (uma organização com sede no Gana) em parceria com o Sinjotecs, com o apoio da União Europeia.

"Haverá sempre dificuldade, estamos a viver com dificuldade, a liberdade de imprensa está com ameaças, mas penso que, com a luta, com a unidade, vamos vencer", afirmou Indira Baldé, salientando que o povo guineense "espera muito" dos profissionais de comunicação social.

A presidente do Sinjotecs defendeu ainda que os profissionais devem "reforçar o seu compromisso com a ética e a deontologia" da profissão, para que possam servir o povo guineense e o mundo "com informação de qualidade e com a verdade".

Indira Correia Baldé aproveitou a sua comunicação no fórum, que juntou, num hotel de Bissau, cerca de três dezenas de jornalistas, para agradecer os apoios e solidariedade que tem recebido por parte de organizações internacionais de defesa da liberdade de imprensa.

Indira Correia Baldé, presidente do Sindicato dos Jornalistas e Técnicos da Comunicação Social da Guiné-Bissau, numa foto de outubro de 2018
Indira Correia Baldé: "Haverá sempre dificuldade, estamos a viver com dificuldade, a liberdade de imprensa está com ameaças, mas penso que, com a luta, com a unidade, vamos vencer"Foto: DW/B. Darame

A jornalista foi recentemente "expulsa" de uma sala onde estava em reportagem por um membro do Governo guineense, que alegou ter ordens superiores no sentido de não permitir a sua presença em qualquer atividade pública.

Dias depois do episódio, o Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, negou ter dado ordens nesse sentido, mas afirmou que o próprio não quer a presença de Indira Correia Baldé na cobertura das actividades da Presidência da República.

A presidente do Sinjotecs considerou o ato como um ataque à liberdade de imprensa.

Indira Correia Baldé agradeceu a solidariedade da associação de jornalistas dos países lusófonos, da Federação Internacional dos Jornalistas, da Federação Africana dos Jornalistas, entre outras estruturas.

"Continuaremos a contar com a vossa ajuda. O momento é difícil, mas contamos com o vosso apoio", afirmou.