Cabo Delgado: Apoio dos EUA a Moçambique foca na formação
16 de outubro de 2021"Os nossos programas estão focados na formação para criar capacidades nas forças moçambicanas", declarou Fergal O'Reilly este sábado (16.10).
"Nós acreditamos que a criação de um bom militar depende da formação da sua personalidade", acrescentou o adido de Defesa da Embaixada norte-americana em Maputo.
O responsável falava à comunicação social, momentos após uma visita ao navio de guerra da Marinha dos Estados Unidos que atracou na sexta-feira (15.10) no porto de Maputo.
Em setembro, os Estados Unidos concluíram o segundo treino militar conjunto face à ameaça terrorista em Cabo Delgado, uma capacitação feita pelas Forças de Operações Especiais dos Estados Unidos da América (EUA) e que teve como principal objetivo evitar a propagação da insurgência armada no Norte de Moçambique.
Programas de formação vão continuar
Os programas de formação dos Estados Unidos são destinados a comandos e fuzileiros das Forças Armadas de Moçambique e, além de reforçar a sua capacidade face a uma ameaça terrorista, visam fortalecer a cooperação entre o executivo de Washington e de Maputo.
"Uma das coisas que mais valorizamos na área militar dos Estados Unidos são os nossos soldados, marinheiros e fuzileiros", frisou Fergal O'Reilly, sublinhando que os programas de formação vão continuar no próximo ano.
O porta-voz da Marinha de Guerra de Moçambique, que também visitou o navio norte-americano atracado no porto de Maputo, destacou a importância das relações entre os setores da defesa dos dois países, considerando que Moçambique pretende "capitalizar os conhecimentos e adaptá-los à sua realidade".
"Esta é uma parceria que já existe [há anos] e este tipo de visita [do navio norte-americano] ajuda na capitalização de conhecimentos, com especial atenção ao uso de tecnologia e transferência de conhecimentos para nós podermos aplicar na nossa realidade no terreno", frisou Charifo Sabodine.
O navio de guerra, designado Base Marítima Expedicionária USS Hershel "Woody" Williams (ESB 4) e que é responsável pelo Comando Africano dos EUA, atracou no porto de Maputo na sexta-feira e, durante três dias, oficiais da marinha dos dois países vão trocar experiências.