Cabo Verde recebe apoio europeu para combater pobreza
17 de outubro de 2016Cabo Verde deverá receber até 2020 cerca de 50 milhões de euros da União Europeia (UE). O recurso será destinado para o combate à pobreza e ao estimulo do crescimento económico do país. O apoio foi garantido esta segunda-feira (17.10), em Bruxelas, com a assinatura de acordo entre a Comissão Europeia e o Governo cabo-verdiano.
O acordo, celebrado no âmbito do 11.º Fundo Europeu de Desenvolvimento, foi assinado na sede da Comissão Europeia pelo comissário da Cooperação Internacional e Desenvolvimento, Neven Mimica, e pelo ministro dos Negócios Estrangeiros de Cabo Verde, Luís Filipe Tavares, na presença do presidente do executivo comunitário, Jean-Claude Juncker, e do primeiro-ministro cabo-verdiano, Ulisses Correia e Silva, segundo informações da agência de notícias Lusa.
"A UE continuará a apoiar o Governo de Cabo Verde com vista a fazer face aos desafios, a fim de reduzir a pobreza, tornar a sua economia mais competitiva e reforçar as suas relações com a União Europeia. Temos uma Parceria Especial com Cabo Verde que se baseia na história do nosso apoio contínuo e dos valores comuns. A assinatura do novo acordo de financiamento no valor de 50 milhões de euros para a boa governação e o desenvolvimento ilustra o empenhamento continuado da UE", declarou o comissário europeu da Cooperação Internacional.
Reforçar parceria especial
Conforme estabelece o acordo, o apoio de 50 milhões de euros até 2020 será direcionado prioritariamente para duas áreas: a redução da pobreza e a promoção de um desenvolvimento sustentável, por meio da implementação de reformas com vista a uma economia mais competitiva e um ambiente de negócios mais favorável no país. Para além disso, espera-se reforçar a parceria especial entre a UE e Cabo Verde
Na semana passada, por ocasião da sua primeira deslocação a Bruxelas desde que tomou posse, para participar numa reunião com o grupo de "Amigos de Cabo Verde" no Parlamento Europeu, o primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, disse à Lusa pretender reforçar a Parceria Especial com a UE.
"Estamos a perspetivar que as nossas relações possam ser reforçadas, não só na vertente securitária, porque é de interesse mútuo, mas também na parceria para o desenvolvimento e na parceria empresarial, porque queremos atrair mais investimento" estrangeiro e, designadamente, europeu, afirmou o primeiro-ministro.