Campanha Eleitoral em Moçambique: Cartazes "ao sabor do freguês"
Em Manica, são vários os locais públicos onde podem ser vistos cartazes dos diferentes partidos que concorrem às eleições de outubro. No entanto, alguns foram afixados em sítios proibidos. Há também material danificado.
Afixação em locais públicos proíbidos
A colocação de cartazes propagandísticos dos diferentes partidos políticos em locais públicos, tais como, placas de informação e sinais de trânsito, é proibida pela lei eleitoral. No entanto, ao andar pelas ruas de Manica, veem-se alguns maus exemplos.
Placa informativa coberta
Em Manica, a RENAMO, o maior partido da oposição em Moçambique, colocou cartazes seus nesta chapa, onde deveria constar informação útil para a população.
Placas indicativas
As placas que indicam as direções também não são poupadas. Neste caso, volta a ser a RENAMO a "pousar a perdiz e o seu líder" em território proibido: uma placa informativa nas proximidades da Escola Primária do 1º grau de Nhamutoera, no distrito de Macate.
Mural da perdiz invadido
Por sua vez, a FRELIMO, partido no poder, aproveitou que o muro de vedação da atual delegação provincial da RENAMO estava limpo para colar o seu material propagandístico para as eleições de outubro. Quando se apercebeu, a RENAMO retirou parte dos panfletos do partido no poder e colou os dele. Como se costuma dizer: "camarão que dorme, a onda leva".
Aglomerado de cartazes
Durante esta campanha eleitoral, têm sido comuns os aglomerados de cartazes dos vários partidos. Quando um põe, o outro coloca em cima, ao lado ou por baixo. Neste caso, os cartazes foram colocados num poste da cidade, algo que não é considerado um ilícito.
Danificar o material
A falta de "fair-play" é também um problema. Existem membros, simpatizantes e fanáticos partidários que retiram ou danificam o material de propaganda dos opositores. Sobre esta realidade, a DW entrevistou responsáveis dos três partidos políticos, RENAMO, FRELIMO e MDM. Todos sublinham que compete às autoridades a fiscalização deste tipo de ação e a responsabilização dos culpados.
Cartazes resistem no ex-bastião da RENAMO
O bairro Francisco Manyanga, conhecido como a zona da Soalpo, nos arredores da cidade de Chimoio, foi outrora bastião da RENAMO. Em tempos, era muito difícil encontrar aqui um único panfleto da FRELIMO, pois eram retirados pelos simpatizantes da RENAMO. No entanto, nesta campanha eleitoral, os cartazes de propaganda ao partido no poder mantêm-se.