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Chanceler alemão promete sanções se Rússia invadir Ucrânia

DW (Deutsche Welle) | Lusa | AP
14 de fevereiro de 2022

Chanceler alemão aterra hoje em Kiev e amanhã em Moscovo. Antes da partida, Olaf Scholz advertiu que a Rússia será alvo de sanções se invadir a Ucrânia. EUA alertam que ofensiva militar pode acontecer a qualquer altura.

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Olaf Scholz é recebido amanhã, em Moscovo, por Vladimir Putin
Olaf Scholz é recebido amanhã, em Moscovo, por Vladimir PutinFoto: John Thys/Mikhail Metzel/Sputnik/AFP/Getty Images

Criticado no início da crise ucraniana pela sua discrição e alegada complacência em relação a Moscovo, o chanceler alemão tem estado agora presente em todas as frentes e desloca-se esta segunda-feira (14.02) a Kiev, seguindo amanhã (15.02) para Moscovo.

Olaf Scholz, que assumiu a chefia do Governo alemão há apenas dois meses, vai encontrar-se com o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e será recebido também em Moscovo pelo Presidente da Rússia, Vladimir Putin.

Na véspera da partida, o chanceler de 63 anos disse que a sua intenção é "agarrar a oportunidade" para dialogar. "Vou à Ucrânia para falar com o Presidente Zelenskyy. Vou à Rússia depois de amanhã e falo com o Presidente Putin. Em ambos os casos, trata-se de explorar como podemos assegurar a paz na Europa. Parte disso é que compreendemos agora que esta é uma ameaça muito, muito séria à paz na Europa", declarou.

Sanções "imediatas" em caso de invasão

Scholz disse que as sanções ocidentais contra a Rússia entrariam em vigor "imediatamente" em caso de uma invasão da Ucrânia por Moscovo. "Em caso de um ataque militar contra a Ucrânia, que ameace a sua integridade territorial e a sua soberania, haverá respostas duras e sanções que preparámos cuidadosamente e que podemos tornar efetivas imediatamente, juntamente com os nossos aliados na Europa e na NATO", advertiu.

Civis temem uma guerra na Ucrânia

Na quinta-feira passada, Olaf Scholz alertou que a Rússia não deve subestimar a "união” e a "determinação" dos europeus, enquanto prosseguiam esforços diplomáticos intensos para evitar um conflito na Ucrânia.

Um dos pontos críticos para o chanceler tem sido o gasoduto Nord Stream 2, que liga a Rússia e a Alemanha e que poderá fazer parte de sanções em caso de invasão da Ucrânia. Inquirido sobre esta matéria, Scholz tem sido sempre por ser pouco assertivo.

Presidente alemão alerta Putin

Frank-Walter Steinmeier, reeleito no domingo (13.02) para um segundo mandato de cinco anos na Presidência alemã, já alertou o homólogo russo, Vladimir Putin, para o risco de guerra na Europa se invadir a Ucrânia.

"Estamos no meio de um risco de conflito militar, de uma guerra na Europa Oriental e é a Rússia que tem essa responsabilidade. Mas o povo de Leste tem direito a uma vida sem medo e sem ameaças, à autodeterminação e à soberania. Nenhum país do mundo tem o direito de destruir isso e, quem quer que o tente, nós responderemos de forma decisiva", sublinhou.

O reeleito Presidente alemão enviou na ocasião uma mensagem direta ao seu homólogo russo, Vladimir Putin para "não subestimar" a força da democracia: "A paz não pode ser considerada como um dado adquirido. Tem de ser trabalhada uma e outra vez. Em diálogo, mas é necessário também a clareza, a dissuasão e determinação. Tudo isto é necessário agora."

Militares ucranianos continuam em alerta face a possível invasão russa
Militares ucranianos continuam em alerta face a possível invasão russaFoto: Wolfgang Schwan/AA/picture alliance

O discurso de Steinmeier vem na sequência do apelo feito pelo Governo alemão aos cidadãos alemães que se encontram em território ucraniano, aos quais recomendou este sábado (12.02) a saída do país.

O Ocidente acusa a Rússia de ter reunido dezenas de milhares de tropas junto à fronteira da Ucrânia para invadir novamente o país, depois de lhe ter anexado a península da Crimeia em 2014, e de apoiar, desde então, uma guerra separatista no Donbass (leste ucraniano).

A Rússia tem negado sempre essa intenção, mas condiciona o desanuviamento da crise a exigências que diz serem necessárias para garantir a sua segurança, incluindo garantias de que a Ucrânia nunca fará parte da NATO.

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