Prioridade do congresso do MPLA é eleger João Lourenço
8 de julho de 2018O anúncio foi feito em Ondjiva, capital da província do Cunene, sul de Angola, no ato central de apresentação da convocatória ao VI congresso extraordinário do partido, pelo secretário-geral, Paulo Kassoma. O evento, marcado para 8 de setembro, deverá reunir 2.591 delegados e marca a saída de José Eduardo dos Santos do poder, ao fim de 39 anos na liderança do MPLA.
"Decorrerá num ambiente de ampla participação democrática e espírito de harmonia, com base nos princípios e valores do MPLA, contribuindo desse modo para o contínuo fortalecimento da unidade e coesão no seio do partido", enfatizou Paulo Kassoma.
Além da convocatória do congresso extraordinário, o Comité Central aprovou igualmente a candidatura de João Lourenço, vice-presidente do MPLA e Presidente da República desde setembro, à liderança do partido.
O congresso decorrerá sob o lema "MPLA - Com a Força do Passado e do Presente, construamos um futuro Melhor", tendo a sucessão na liderança já definida.
"Uma nova fase”
"O camarada João Lourenço é um militante exemplar, experiente, destemido e de primeira hora, hoje Presidente da República e vice-presidente do MPLA, que assumirá os destinos do partido, iniciando assim uma nova fase, rumo ao desenvolvimento e prosperidade do povo angolano", afirmou o secretário-geral.
Na mesma intervenção, Paulo Kassoma recordou o percurso do partido que lidera Angola desde a independência, em 1975, garantido que o MPLA "sempre" se posicionou "do lado certo da história", enaltecendo a liderança de José Eduardo dos Santos, que durante 38 anos foi também Presidente da República.
"É justo, por isso, reconhecer e enaltecer os feitos do camarada presidente José Eduardo dos Santos e reiterar a nossa gratidão pela sua liderança exemplar e inquestionável na construção de um partido forte, na construção de um partido coeso e na construção de um partido promotor das principais transformações políticas, económicas, sociais e culturais ocorridas em Angola", afirmou o dirigente do MPLA.
Paulo Kassoma destacou igualmente que os delegados que vão participar no congresso de setembro deverão "reafirmar" o "desejo em apoiar a nova liderança do partido, visando os desafios do presente e do futuro".