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Tecnologia

Angosat "fora de órbita"

Lusa | ni
27 de dezembro de 2017

A Rússia perdeu nesta quarta-feira (27.12.) contacto com o primeiro satélite angolano, o Angosat, lançado na terça-feira (26.12.) do cosmódromo de Baikonur no Cazaquistão. Luanda nega dizendo que está tudo sob controlo.

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Foto ilustrativaFoto: ESA – S. Corvaja

Uma fonte espacial russa confirmou: "O contacto cessou temporariamente, perdemos a telemetria". Entretanto, o organismo espacial diz que espera restabelecer o contacto com o satélite Angosat.

Este satélite representa um investimento do Estado angolano de 269,6 milhões de euros e o seu lançamento foi comemorado em Luanda com fogo-de-artifício.

O aparelho, construído por um consórcio estatal russo, foi lançado com recurso ao foguete ucraniano Zenit-3SLB, envolvendo ainda a Roscosmo, empresa espacial estatal da Rússia, e estava em período de teste até março, aproximadamente.

Na semana passada, o ministro das Telecomunicações e Tecnologias de Informação, José Carvalho da Rocha, disse que comercialmente 40% da capacidade do satélite já estava reservada e que o Estado angolano estima a recuperação do investimento em pelo menos dois anos.

Luanda nega perda de contacto
As autoridades angolanas já negaram a perda de contacto com o Angosat. Luanda assegurou nesta quarta-feira (27.12.) que o seu primeiro satélite está sob controlo.
Em declarações hoje aos jornalistas no final do Conselho de Ministros, o secretário de Estado para as Tecnologias de Informação rejeitou que existam problemas nos contactos com o satélite, cumprindo-se o que estava previsto. 

De acordo com Manuel Homem, o que "aconteceu é que de facto o lançamento do satélite ocorreu ontem (terça-feira). O satélite fez o seu percurso normal, está na órbita para o qual foi planificado" e "temos sob controlo o satélite".

O secretário de Estado para as Tecnologias de Informação remeteu para mais tarde mais informações oficiais sobre o estado do aparelho. 
Angola é o sétimo país africano, ao lado da Argélia, África do Sul, Egito, Marrocos, Nigéria e Tunísia, com um satélite de comunicações em órbita.