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Covid-19 gera especulação de preços em Inhambane

1 de fevereiro de 2021

Encerramento de lojas, especulação de preços e mau atendimento hospitalar são algumas das dificuldades apontadas por residentes na província de Inhambane, sul de Moçambique. Conselho empresarial local lamenta a situação.

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Foto: Luciano da Conceição/DW

Nestes últimos dias tem sido frequente o encerramento das lojas e o agravamento do mau atendimento hospitalar na província de Inhambane. Os casos de infeção por Covid-19 têm aumentado nesta região, o que piora cada vez mais a situação nos hospitais.

Amâncio Alberto, residente na cidade de Maxixe, disse à DW África que por causa da pandemia, muitos proprietários de lojas têm sido oportunistas, especulando os preços dos produtos de primeira necessidade, por isso pede melhorias no comércio.

Mosambik Inhambane Covid-19
Dia-a-dia cada vez mais difícil em InhambaneFoto: Luciano da Conceição/DW

"Há muitas lojas e armazéns que se têm aproveitado das pessoas, já não sabemos se aquele é o preço [real] do produto. As coisas estão muito caras agora e existe desorganização, sofremos muito", lamenta.

Marcelo Basílio, outro residente de Inhambane, lamenta o encerramento de algumas lojas e pede a melhoria no comércio de produtos. "Reduziu, mas também os comerciantes precisam de clientes, fecham mais cedo, deviam melhorar ainda mais", diz.

Dificuldades no atendimento hospitalar

Desde janeiro, os casos de oronavírus ultrapassaram a barreira dos 500 infetados na província de Inhambane. Por isso, muitos cidadãos têm tido dificuldades para atendimento hospitalar público e reclamam da demora nos testes.

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Joaquim José, utente em Inhambane, revela em entrevista à DW África a falta de medicamentos nos hospitais. "Fui lá na semana antepassada fazer teste de tosse e ainda não saiu o resultado e vi que mesmo medicamentos não há."

Micaela Hassane, residente em Massinga, conta que já passou momentos difíceis quando procurou serviços no hospital público local. "Já aconteceu quase três vezes neste intervalo de dezembro até hoje. O que nós queremos são os medicamentos", sublinha.

Abdul Razaque, presidente do Conselho Empresarial em Inhambane, afirma que a Covid-19 já matou alguns comerciantes e há mais casos no setor do comércio. "Infelizmente até eu tenho de lamentar esta situação, temos tido mais comerciantes com problemas da pandemia do que noutras áreas. Alguns proprietários dessas lojas encontram-se em Maputo em exames ou tratamento deste vírus", conta.

O porta-voz da Direção provincial de Saúde em Inhambane, Crimildo Helena, diz que há muita procura de utentes pelos serviços sanitários na província, "principalmente para testagens de caso de Covid-19 porque é uma doença nova e todo o mundo está preocupado."