Delegações de Israel e do Hamas deixam o Cairo sem avanços
26 de agosto de 2024A delegação do Hamas sublinhou a posição do movimento, segundo o qual qualquer acordo deve incluir um cessar-fogo permanente e a retirada total das tropas de Israel da Faixa de Gaza - onde, segundo as autoridades locais, já foram mortas cerca de 40.400 pessoas.
Segundo Ezzat Rishq, um dos membros mais importantes da delegação do Hamas, reiterou as exigências do Hamas, que passam também pelo "regresso das pessoas deslocadas, a entrada de ajuda humanitária, a reconstrução e um acordo de troca" entre os prisioneiros palestinianos e os reféns em Gaza.
Por sua vez, a delegação israelita, chefiada pelo chefe da Mossad, David Barnea, pelo chefe do Shin Bet, Ronen Bar, e pelo major-general Nitzan Alon - que está a supervisionar as conversações em nome do exército - informará o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, sobre o estado das conversações.
Mais um impasse nas negociações
No entanto, uma fonte da segurança egípcia disse à agência noticiosa EFE que as negociações de ontem registram "um impasse grave devido à falta de resolução da posição de cada uma das partes sobre a proposta da outra".
Segundo a mesma fonte, o Egito rejeitou a proposta de Israel de permanecer no Eixo de Filadélfia - que separa a Faixa de Gaza do país árabe - e no Eixo de Netzarim - que divide o enclave palestiniano ao meio.
Os ataques de domingo (25.08) entre Israel e o grupo xiita libanês Hezbollah não afetaram as negociações, embora os participantes tenham considerado necessário acelerar a declaração de uma trégua "para acabar com as tensões e a escalada na região", acrescentou a mesma fonte.
O Egito rejeitou ainda um pedido norte-americano para colocar forças navais perto das suas fronteiras marítimas no Mediterrâneo e no Mar Vermelho e para a Força Aérea sobrevoar o seu espaço aéreo "para lançar ataques contra qualquer país sob qualquer nome".