1. Ir para o conteúdo
  2. Ir para o menu principal
  3. Ver mais sites da DW

"Dia da Dipanda": as celebrações angolanas nas redes sociais

Maria João Pinto11 de novembro de 2015

Enquanto milhares de pessoas assistiam às comemorações oficiais, em Luanda, nas redes sociais, as felicitações andaram de braço dado com os apelos ao respeito pelos direitos humanos no país.

https://p.dw.com/p/1H46L
Foto: Fotolia/srnicholl

Angola celebra esta quarta-feira, 11 de novembro, 40 anos de independência. Em Luanda, um desfile civil e militar e um discurso do Presidente José Eduardo dos Santos assinalaram a data.

Nas redes sociais, organizações, instituições, meios de comunicação e cidadãos nacionais e estrangeiros fizeram eco das comemorações. Facebook, Twitter e Instagram foram apenas algumas das plataformas utilizadas para dar os parabéns a Angola.

As cores da bandeira angolana chegaram à Google:

Screenshot Google Angola
Foto: google.co.ao

E também à Reuters África:

Cores diferentes usou o portal Rede Angola para felicitar o país, algumas horas depois de partilhar, na íntegra, a mensagem à nação do Presidente José Eduardo dos Santos sobre os 40 anos da independência, emitida às 00h00 do dia 11 de novembro.

Luanda recebe chefes de Estado e de Governo em ambiente de festa

A agência de notícias estatal Angop mostra uma das ruas de Luanda, “engalanada” para receber a festa do dia da independência nacional.

Já na véspera, o Governo inaugurou a nova sede da Assembleia Nacional, na presença do Presidente da República, José Eduardo dos Santos. E foi aqui que a filha do chefe de Estado angolano, Isabel dos Santos, desejou “parabéns a todos os angolanos”, com uma foto no Instagram.

O novo edifício demorou cinco anos a ser construído e custou 185 milhões de dólares.

Na cerimónia oficial, em Luanda, marcaram presença vários chefes de Estado e de Governo – como os Presidentes da África do Sul, Botswana, República Democrática do Congo, Guiné-Bissau, Namíbia, Moçambique e São Tomé e Príncipe e os primeiros-ministros de Cabo Verde, Guiné Equatorial e Mali - e delegações estrangeiras.

Do gabinete oficial da primeira-dama do Gabão, Sylvia Bongo, chega uma fotografia da plateia:

E do Presidente da Índia, Pranab Kumar Mukherjee, os parabéns, via Twitter:

O embaixador do Gabão, Guy Nambo-Wezet, assistiu ao desfile militar durante a manhã:

Apelos à liberdade e ao respeito pelos direitos humanos

Mas nem todos estão optimistas nesta data. A seguir a “independência” e “40 anos”, nas redes sociais, as palavras mais lidas são “direitos humanos” quando se fala das comemorações angolanas.

Do Twitter, ao Facebook, passando pelo Instagram, a DW África encontrou várias organizações, meios de comunicação e cidadãos angolanos e estrangeiros que expressaram a sua preocupação perante a situação dos direitos humanos em Angola.

“Celebrações dos 40 anos de independência de Angola manchadas pela repressão dos direitos humanos”, diz a Amnistia Internacional.

O gabinete da África Austral da Amnistia partilha também a fotografia dos 15 ativistas detidos em Luanda:

Já o portal Maka Angola partilha o artigo do ativista e jornalista angolano Rafael Marques de Morais no The Guardian. “40 anos depois da independência, ainda falta liberdade em Angola“, diz Rafael Marques.

Muitos utilizadores do Facebook e do Twitter partilharam também uma acusação feita às autoridades angolanas, em dia de festa. De acordo com a agência de notícias AFP, aqui citada pelo El País, “com a aproximação das festividades dos 40 anos de independência de Angola, as autoridades tentam dissimular a miséria em Luanda, recolhendo as crianças de rua e colocando-as em orfanatos sobrelotados”.

"O governo decidiu limpar a cidade a partir do final de outubro para transmitir uma imagem positiva" de Luanda, explica à AFP João Facatino, director do centro de acolhimento infantil Arnaldo Janssen.

Lembrando que é preciso garantir que as crianças sejam a prioridade absoluta, no Facebook, a UNICEF aproveita a data para lembrar que está presente no país desde 1976, "e mantém o compromisso de apoiar o país a garantir o desenvolvimento integral da criança com foco na equidade".

Fogo de artifício, lanternas e muitas imagens

Do lado dos cidadãos angolanos nas redes sociais, as imagens foram o meio mais utilizado para assinalar os 40 anos da independência.

Muitos registaram o lançamento de dezenas de milhares de lanternas de velas, em balões, soltas momentos antes da meia-noite, na marginal de Luanda, e um espectáculo de fogo de artifício.



Saltar a secção Mais sobre este tema