Eleições na África do Sul: ANC pode perder maioria absoluta
29 de maio de 202428 milhões de eleitores sul-africanos são chamados a escolher os seus representantes, a nível nacional e regional, na nova Assembleia Nacional. A escolha do Presidente da República para os próximos cinco anos será feita pelos 400 deputados que forem eleitos.
Estas são as sétimas eleições democráticas desde o fim do regime segregacionista do "apartheid", em 1994, ano em que Nelson Mandela foi eleito Presidente após a vitória do seu Congresso Nacional Africano (ANC), por 62,5%.
Em declínio desde 2014, o ANC arrisca-se, pela primeira vez, a perder a maioria absoluta, de acordo com várias sondagens eleitorais, obrigando a entendimentos com outros partidos para a formação do Governo e a eleição do Presidente.
O declínio do ANC é atribuído a "más políticas" do Governo, sobretudo depois de 2008, quando Thabo Mbeki, que sucedeu a Mandela, deixou a Presidência da República, dando lugar ao seu vice-Presidente Jacob Zuma, afastado, em 2018, pelo próprio partido devido a inúmeros casos de alegada corrupção.
Cyril Ramaphosa, que lhe sucedeu, espera conseguir a reeleição pelo novo Parlamento.
Apesar de a votação ser conhecida após o encerramento das mesas de votação, onde será feita a contagem dos votos, os resultados finais só deverão ser anunciados no domingo, dia 02 de junho.