Eleições nos EUA: Pausa para recontagem na Geórgia
6 de novembro de 2020No estado da Geórgia, pouco mais de 1500 votos separam o candidato democrata, Joe Biden, do candidato republicano, Donald Trump, num total de cinco milhões de votos registados.
Segundo o secretário de estado da Geórgia, a margem é tão pequena que os votos terão de ser recontados.
"Obviamente, o interesse neste escrutínio vai muito além das fronteiras da Geórgia. O resultado final tem fortes implicações para o país inteiro", afirmou Brad Raffensperger esta sexta-feira (06.11).
Alegações de fraude
"Paciência" é o que pedem as autoridades eleitorais enquanto o Presidente Donald Trump continua a falar de "fraude", sem apresentar provas.
Esta sexta-feira, Trump voltou a escrever na rede social Twitter que "conquista facilmente a Presidência dos Estados Unidos com os votos legais". O Twitter escondeu a mensagem do republicano por o conteúdo ser possivelmente enganador.
O Presidente questiona a legitimidade da votação por correspondência, mas os apoiantes de Joe Biden insistem que todos os votos têm de ser contados.
Pensilvânia: passaporte para a Casa Branca?
Neste momento, os olhos também estão postos na contagem no estado da Pensilvânia. Os votos por correspondência têm pesado para o lado de Joe Biden. O democrata está a liderar na Pensilvânia com uma diferença de 9 mil votos em relação a Donald Trump. No entanto, a contagem continua e, se houver uma diferença de menos de meio ponto percentual entre Biden e Trump, será preciso voltar a contar os votos, de acordo com a lei estadual.
Ainda assim, os democratas estão confiantes numa vitória e parecem já estar a preparar a festa.
"É evidente que Joe Biden e Kamala Harris vão entrar na Casa Branca", disse esta sexta-feira a líder democrata da câmara de representantes, Nancy Pelosi. "A sua eleição é histórica, impulsionada pela maior votação de sempre no nosso país, mais de 73,8 milhões de americanos - o maior número de votos jamais conquistado por um candidato presidencial na história dos Estados Unidos."
Mas a festa terá de aguardar, enquanto não são divulgados mais resultados.
Larry Kudlow, um conselheiro económico de Donald Trump, disse à cadeia de televisão CNBC que está confiante de que haverá uma transição pacífica nos Estados Unidos, mesmo que o Presidente ainda não dê sinais de aceitar uma derrota contra Joe Biden.