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Eleições em Moçambique: Polícia promete proteger candidatos

Lusa
22 de agosto de 2024

Polícia da República de Moçambique lançou hoje a operação para a segurança do processo eleitoral, cuja campanha começa no sábado, e promete proteger "todos os intervenientes principais".

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A polícia moçambicana lançou hoje a "Operação Planeta V", em Maputo (foto de arquivo)
A polícia moçambicana lançou hoje a "Operação Planeta V", em Maputo (foto de arquivo)Foto: Marcelino Mueia/DW

"Nós vamos garantir a segurança dos candidatos e cabeças de lista, porque é nossa missão proteger aqueles que são atores principais deste processo eleitoral", declarou o comandante-geral da polícia moçambicana, Bernardino Rafael, durante o lançamento da "Operação Planeta V", em Maputo.

O comandante-geral da polícia reiterou que a missão da corporação é garantir um processo eleitoral "seguro e ordeiro", apelando aos partidos políticos para uma campanha eleitoral,  que tem o prazo 45 dias, pacífica. "Vamos todos nos unir [...] Aos partidos políticos, apelamos para que confiem em nós", frisou Bernardino Rafael.

Candidato presidencial independente moçambicano, Venâncio Mondlane
No domingo, o candidato Venâncio Mondlane acusou a polícia moçambicana de o tentar assassinar no distrito de Zavala. A corporação negou (foto de arquivo)Foto: R. da Silva/DW

Tentativa de assassinato?

O candidato presidencial Venâncio Mondlane acusou, no domingo, um agente da polícia moçambicana de o tentar assassinar, no distrito de Zavala, província de Inhambane, sul do país, mas a corporação rejeitou as alegações no dia seguinte, considerando que o agente, à paisana, estava "devidamente escalado" para proteger os apoiantes de Mondlane.

"Foi uma tentativa de assassinato do candidato do povo", afirmou Mondlane, numa declaração divulgada na rede social Facebook, onde acrescentou que o que o membro da polícia, à paisana, "tentou bruscamente" aproximar-se pelas costas, tendo sido imobilizado e arrancada uma arma que trazia, com 15 balas.

Hoje, durante seu discurso, o comandante-geral da polícia moçambicana reiterou que não há plano para eliminação de qualquer candidato neste processo.

Comandante-geral da polícia moçambicana, Bernardino Rafael
O comandante-geral da polícia moçambicana, Bernardino RafaelFoto: DW

"Polícia não atenta contra a vida de candidatos"

"A polícia não está aqui para atentar contra a vida de qualquer que seja o candidato [...] Em nenhum momento a polícia tentou ou tem plano de eliminar a vida de qualquer candidato. Vamos parar com o dramatismo em aspetos securitários [...] Nós é que sabemos como se faz a segurança. Podemos estar a civil ou fardados, mas nós é que conhecemos o nosso objeto de segurança", declarou Bernardino Rafael.

Moçambique realiza em 09 de outubro as eleições gerais, cuja campanha eleitoral arranca oficialmente no sábado, num escrutínio que inclui eleições presidenciais, legislativas e das assembleias provinciais.

À Ponta Vermelha (residência oficial do chefe de Estado em Moçambique), concorrem Daniel Chapo, apoiado pela Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO, no poder), Ossufo Momade, apoiado pela Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO, principal partido de oposição), Lutero Simango, apoiado pelo Movimento Democrático de Moçambique (MDM), terceira força parlamentar, e Venâncio Mondlane, apoiado agora pelo extraparlamentar Povo Otimista para o Desenvolvimento de Moçambique (Podemos).