Eleições na Argélia: Candidato denuncia irregularidades
8 de setembro de 2024A direção de campanha do candidato do Movimento da Sociedade pela Paz (MSP), Abdelaali Hassani
Cherif, evocou “pressões sobre certos membros das mesas de voto para inflacionarem os resultados”, nomeadamente, a taxa de participação.
Hassani Cherif, engenheiro de 57 anos, líder do MSP, o principal partido islamista, foi um dos dois concorrentes do presidente cessante Abdelmadjid Tebboune.
O comunicado de imprensa do MSP descreveu como um “termo bizarro” a “taxa média de participação” anunciada pela autoridade eleitoral, Anie, calculada com base nos registos de participação das diferentes regiões.
A taxa de participação é geralmente o número de eleitores dividido pelo número de eleitores inscritos.
O presidente da Anie, Mohamed Charfi, anunciou durante a noite de sábado para domingo “uma taxa média de participação de 48,03%, no encerramento das urnas, às 20:00 (19:00 GMT), sem precisar o número de eleitores em relação aos mais de 24 milhões inscritos.
Estes são números “provisórios”, esperando-se um número definitivo e resultados no domingo.
A afluência às urnas foi a verdadeira questão nas eleições, uma vez que não há dúvidas de que o atual presidente será reeleito para um segundo mandato.
Em dezembro de 2019, Tebboune foi eleito com 58% dos votos, mas com uma participação de apenas 39,83% (60% de abstenção), a mais baixa percentagem numa eleição presidencial no país.
A direção de campanha do MSP denunciou também o facto de a ata da contagem não ter sido entregue aos representantes dos candidatos, queixando-se de “casos de votos por procuração coletivas”.