Eletricidade de Moçambique estima prejuízos de 110 mil euros
1 de janeiro de 2021O número de mortos provocados pela passagem datempestade tropical Chalane no centro de Moçambique, na quarta-feira (30.12), subiu de quatro para sete, anunciou o Instituto Nacional de Gestão de Calamidades (INGC).
As três novas vítimas são de Chimoio, capital provincial de Manica, no centro de Moçambique, e morreram por afogamento, disse o diretor-geral adjunto do INGC, Belé Monteiro, citado pelo canal privado STV.
"Infelizmente é a notícia triste que temos", disse, referindo que, além de mortes, houve também "extensas áreas agrícolas perdidas". O último balanço feito pelas autoridades sobre o impacto da tempestade indicava que morreram quatro pessoas,uma na província de Sofala e três na província de Manica.
Prejuízos
Nesta quinta-feira, a Eletricidade de Moçambique (EDM) estimou os prejuízos após passagem da tempestade tropical denomidade Chalane. "Sofremos muito a nível dos postes de média e baixa tensão", disse o presidente da EDM, Marcelino Gildo, citado pela Televisão de Moçambique.
Segundo o presidente, numa avaliação preliminar, os ventos fortes que se fizeram sentir na província de Manica e Sofala afetaram 250 postes de média tensão e 650 de baixa tensão. "O processo de avaliação ainda não acabou, entretanto, o que fizemos foi repor o sistema principal e depois ao longo do tempo vamos repor os outros sistemas", acrescentou.
A tempestade, apelidada de "Chalane" e que afetou também Madagáscar, atingiu parte das províncias de Sofala e Manica, no centro de Moçambique, durante a madrugada de quarta-feira (30.12), com ventos entre 90 e 100 quilómetros por hora.
O último balanço feito pelas autoridades sobre o impacto do mau tempo indica que sete pessoas morreram e 3.600 pessoas foram afetadas nas províncias de Manica e Sofala, além de várias residências que ficaram destruídas.
Entre os meses de outubro e abril, Moçambique é ciclicamente atingido por ventos ciclónicos oriundos do Índico e por cheias com origem nas bacias hidrográficas da África Austral, além de secas que afetam quase sempre alguns pontos do sul do país.
O período chuvoso de 2018/2019 foi dos mais severos de que há memória em Moçambique: 714 pessoas morreram, incluindo 648 vítimas de dois ciclones (Idai e Kenneth) que se abateram sobre Moçambique.