Empresas alemãs procuram parcerias na Feira Internacional de Maputo
28 de agosto de 2014
Quinze empresas alemãs na Feira Internacional de Maputo procuram parcerias com as homólogas moçambicanas para criarem oportunidades de negócios. A grande maioria destas empresas pertence ao ramo industrial e foi atraída pela exploração dos recursos naturais como o carvão e o gás, que está em curso em Moçambique.
É o que pretende a empresa GEA Aircooled System Ltd, especializada em produção de equipamento de geração de energia e processamento de gás. O representante da empresa, Dirk Schlichting, está otimista quanto ao sucesso dos contatos que está a efetuar para encontrar parcerias.
“Já estamos a pensar em trabalhar com Moçambique” afirma o empresário, explicando que a empresa já fez contatos “com entidades empresariais locais” para trabalhar “na área de gás e carvão”. “Vimos que há mercado em Moçambique, por isso estamos a pensar em montar uma empresa para produzir o nosso equipamento”, revela.
Outra empresa que quer explorar a área de gás e carvão em Moçambique é a ThyssenKrupp. O representante da empresa, Cândido Salvador, diz que o objetivo é alargar o negócio para áreas onde estão a ser explorados os recursos naturais.
“A ThyssenKrupp é o quarto ou o quinto grupo económico mundial”, começa por apontar o empresário, acrescentando que “isto engloba várias vertentes”. “No caso concreto de Moçambique entra a parte da engenharia, por causa dos recursos naturais. Este é o motor do próprio pavilhão, inclusivamente”, afirma.
Alemães interessados em investir em Moçambique
As parcerias com empresas nacionais estão no bom caminho e Cândido Salvador está confiante no sucesso dos contatos com empresários moçambicanos. “Estamos confiantes no nosso produto, no nosso serviço, bem como no potencial que Moçambique tem. É um país emergente, que vai, dentro de muito pouco tempo, tornar-se uma potência ao nível das energias – o carvão, o gás natural, os hidrocarbonetos – e a ThyssenKrupp, sendo um grupo mundial, está já a fazer o posicionamento em Moçambique”, considera o empresário.
Na edição de 2013 estavam representadas 11 empresas alemãs e, este ano, a FACIM conta com mais 4, um sinal de que os alemães estão muito interessados em apostar nos investimentos em Moçambique.
A representante do Ministério da Economia e Energia Alemão, Kristen Loser, não tem dúvidas em relação ao sucesso da participação alemã nesta edição da FACIM. “O recém-criado Gabinete de Fomento Económico Moçambique-Alemanha está a despertar muito interesse por parte do empresariado alemão. Tivemos muitos contatos com as empresas alemãs, já querem vir investir em Moçambique”, explica.
A organização da FACIM-2014 sente-se confortável com o nível de participação, tendo em conta a tensão político-militar sentida recentemente no país.