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Empresas moçambicanas também querem benefícios do gás

2 de novembro de 2018

Os grandes investimentos no gás na bacia do Rovuma deverão começar no primeiro semestre de 2019, quando as operadoras tomarem a Decisão Final de Investimento. Empresas moçambicanas não querem ficar para trás.

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Foto: ENI East

Os grandes investimentos de gás, na bacia do Rovuma, na província nortenha de Cabo Delgado, em Moçambique, estão previstos para o primeiro semestre de 2019. As petrolíferas que operam naquela região, a italiana ENI e a norte-americana Anadarko, prevêem tomar a Decisão Final de Investimento neste período.

O diretor do Conteúdo Local da Empresa Moçambicana de Hidrocarbonetos (ENH), António Fumo, diz que o país está no bom caminho para atrair mais investimentos.

"Acredito que, pelo facto de termos iniciado projetos há já algum tempo, com a nossa experiência na Sasol em Pande-Temane, evoluímos no tipo de contrato que existia para atrair este tipo de investimentos", afirma. 

Pescadores esquecidos no norte de Moçambique

Mais investidores

Segundo a ENH, Moçambique assinou, em outubro, contratos com três consórcios internacionais para a concessão de novos blocos, prevendo-se um investimento de 700 milhões de dólares para a fase de pesquisa.

"Estamos a falar agora de projetos resultantes do quinto concurso, onde aparecem outras empresas internacionais, como a ExxonMobil ou a Rosneft. Este é o resultado da estratégia do Governo neste setor", diz Fumo.

Empresas moçambicanas também querem benefícios do gás

Nacionais também querem benefícios

Durante a Cimeira sobre o Gás, que começou na quarta-feira (31.10) em Maputo e termina esta sexta, a Confederação das Associações Económicas (CTA) apelou ao envolvimento das empresas moçambicanas no setor do gás e à formação de técnicos especializados.

"É importante termos gente que seja capaz de fazer soldaduras no pipeline, de o isolar, trabalhar sobre elevadas pressões", afirmou. "Quantas pessoas temos aqui no país que possam fazer isso? Muito poucas."

As empresas nacionais que já prestam serviço às multinacionais chegam-se à frente e garantem que estão preparadas.

Rui Rodrigues, proprietário da Pró-Mecânica, por exemplo, já terá garantias de que a sua empresa fornecerá equipamento às empresas de exploração de gás, "na construção de pipelines e na construção de tanques para o armazenamento."

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