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EUA dizem que Moscovo deve pagar a reconstrução da Ucrânia

Lusa
21 de junho de 2023

Secretário de Estado norte-americano defende que a Rússia deve pagar a reconstrução da Ucrânia. Mais tarde ou mais cedo, o país "acabará por suportar o custo", disse Antony Blinken.

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Secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken
Secretário de Estado norte-americano, Antony BlinkenFoto: Ichiro Ohara/The Yomiuri Shimbun/AP/picture alliance

Durante um discurso na abertura da Conferência Internacional sobre a Recuperação da Ucrânia, que decorre na capital britânica entre hoje e quinta-feira, o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, disse que "a Rússia está a causar a destruição da Ucrânia e acabará por suportar o custo da reconstrução" do país.

A comunidade internacional ainda não chegou a uma solução coletiva sobre o que fazer aos ativos financeiros russos congelados devido às sanções impostas após a invasão russa da Ucrânia. 

Hoje, a Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, prometeu apresentar em breve uma proposta.

Blinken anunciou esta quarta-feira ajuda adicional para a Ucrânia no valor de 1,3 mil milhões de dólares (1,2 mil milhões de euros) para a renovação da rede de energia e a modernização dos postos fronteiriços, caminhos-de-ferro, portos e outras infraestruturas que ligam o país à Europa, digitalização dos sistemas aduaneiros e apoios às empresas com seguros que reduzam os riscos para os investidores.

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Esta nova ajuda, vincou Blinken, acresce aos mais de 20 mil milhões de dólares (18,3 mil milhões de euros) que os Estados Unidos forneceram para o desenvolvimento económico das empresas ucranianas e dos serviços públicos e 2,1 mil milhões de dólares (1,9 mil milhões de euros) em ajuda humanitária. 

"Os governos estão a fazer muito. As instituições financeiras internacionais estão a fazer muito. Ambos temos um papel extremamente importante a desempenhar na recuperação da Ucrânia. Mas isso não é suficiente", avisou.

O secretário de Estado norte-americano frisou, no entanto, que "só o setor privado pode mobilizar o nível de investimento necessário para satisfazer as enormes necessidades do país".

"Ao mesmo tempo que investimos na recuperação imediata e a longo prazo da Ucrânia, temos também de construir um exército ucraniano suficientemente forte", acrescentou. "Todas estas reformas e esforços de recuperação dependem do facto de a Ucrânia ter a capacidade de dissuadir e defender-se contra futuros ataques da Rússia", enfatizou.

A Conferência Internacional sobre a Recuperação da Ucrânia conta com mais de mil participantes inscritos de pelo menos 60 países, dos quais cerca de 40 a nível ministerial, bem como líderes de organizações internacionais, representantes da sociedade civil e dirigentes empresariais.

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