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PolíticaEstados Unidos

EUA excluem Etíopia, Mali e Guiné de acordo comercial

DPA | AFP | Lusa | tm
2 de janeiro de 2022

Administração Joe Biden exclui a Etiópia, o Mali e a Guiné-Conacri de um acordo comercial entre os Estados Unidos e África, considerando que as ações dos três governos violam o seu princípio.

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USA Washington | Corona-Gipfel | Präsident Joe Biden
O Presidente norte-americano Joe Biden (foto de arquivo).Foto: Evan Vucci/AP Photo/picture alliance

Segundo os EUA, os governos da Etiópia, Mali e Guiné-Conacri violaram os princípios Programa para o Desenvolvimento e Oportunidades Africanas (AGOA), anunciou neste domingo (02.01) uma fonte oficial do gabinete do representante comercial norte-americano.

O programa garante a muitos países africanos o acesso livre de impostos a milhares de bens ao mercado dos EUA. As novas regras são aplicáveis a 1 de janeiro.

EUA: "profundamente preocupados"

Os EUA estão "profundamente preocupados com a mudança inconstitucional de governo na Guiné e no Mali", diz a declaração. Washington criticou igualmente "violações dos direitos humanos, internacionalmente reconhecidas, cometidas pelo Governo da Etiópia e outras partes no contexto do conflito crescente no norte deste país".

Äthiopien Der Industriepark Adama
Parque industrial etíope, em Adama. Foto: Eshete Bekele Tekle/DW

Segundo o anúncio, havia "orientações claras" sobre como os governos poderiam beneficiar novamente de condições comerciais facilitadas. Além disso, Washington iria "trabalhar com os respectivos governos para atingir este objetivo", acrescentou.

O governo dos EUA já tinha anunciado que implementaria esta medida em novembro, iniciando-a pouco antes do natal. Os países tinham sido claramente informados dos progressos que precisavam de ser feitos para serem readmitidos no acordo comercial, afirmou.

O tratamento preferencial para as exportações para os EUA é particularmente importante para a Etiópia, que tem sido abalada por um conflito sangrento.

USA nehmen Äthiopien, Mali und Guinea aus dem zollfreien afrikanischen Handelsprogramm heraus
Protestos no EUA em defesa dos direitos humanos na Etiópia.Foto: Alex Brandon/AP/picture alliance

Conflito na Etiópia

O Governo central etíope está em conflito militar com a Frente Popular de Libertação do Tigray (TPLF) há cerca de um ano. Entretanto, o Governo dos EUA tem apelado repetidamente a negociações entre as partes etíopes do conflito.

Na Guiné-Conacri, os militares depuseram o Presidente de longa data Alpha Condé no início de setembro. Desde então, o líder dos golpistas, Mamady Doumbouya, governa como Presidente interino.

No Mali, houve recentemente dois golpes militares. O primeiro, em agosto de 2020, quando forças militares lideradas pelo Coronel Assimi Goïta derrubaram o então chefe de estado Ibrahim Boubacar.

Depois, em maio de 2021, Goïta depôs o chefe civil de um Governo de transição e nomeou-se presidente interino. Ambas as derrotas foram duramente criticadas internacionalmente e os responsáveis sancionados.     

Neste domingo (02.01), o Governo de transição do Mali pediu à Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) mais cinco anos para completar o período de transição política, após o golpe militar de 2020.

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