Exército diz que Nampula está livre da ameaça terrorista
11 de outubro de 2022"O movimento que o inimigo fez de Cabo Delgado para Nampula tinha o seu objetivo primário: o recrutamento de novos elementos e não a expansão", explicou à comunicação social Tiago Alberto Nampele, à margem do Conselho Superior Militar, encontro de dois dias que decorre em Nacala, na província de Nampula, norte de Moçambique.
Em causa estão os ataques registados no princípio de setembro em algumas aldeias e comunidades de dois distritos localizados no extremo norte da província de Nampula, na linha de fronteira natural com Cabo Delgado, incursões que provocaram pânico e que deixaram um número desconhecido de óbitos, incluindo uma freira italiana morta durante um ataque à missão católica em Chipene.
As incursões em Nampula provocaram um total de 47 mil deslocados, mas a maior parte voltou às suas zonas de origem com a melhoria das condições de segurança, segundo dados avançados à agência Lusa no início deste mês pelo Instituto Nacional de Gestão e Redução do Risco de Desastres (INGD) em Nampula.
Segundo o comandante do ramo do Exército moçambicano, os insurgentes em Nampula não chegaram a dominar qualquer ponto e o movimento que fizeram tinha o objetivo de recrutar novos membros, tendo em conta as baixas que estão a sofrer em vários distritos da província de Cabo Delgado em resultado das ofensivas das forças governamentais.
"Neste momento, consideremos Nampula livre da ameaça terrorista. Os nossos homens estão no terreno", frisou.