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Fraca afluência às urnas marca eleições em Benguela

23 de agosto de 2017

O dia de votação na cidade de Benguela decorreu sem incidentes. Entre os poucos que compareceram às urnas, eleitores jovens pedem "mudança".

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Foto: Getty Images/AFP/M. Longari

Na cidade de Benguela, as eleições foram marcadas pela fraca afluência às urnas por parte dos eleitores. E tudo indica que o número de abstenção poderá superar o das eleições anteriores, de 2012.

Entre os eleitores que compareceram, a palavra que mais se escutava entre os jovens era "mudança". ''Para os próximos cinco anos, o que nós queremos é a mudança do regime dentro do nosso país, porque o governo que está a governar Angola já está há 42 anos. Prometeu o que prometeu e nunca conseguiu resolver. Por isso, devemos mudar o governo'', disse à DW África o mototaxista Silva Justo.

Osvaldo da Paixão, estudante de Direito, de 28 anos, também espera o mesmo. Desiludido com os constantes incumprimentos das promessas eleitorais por parte do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), espera um quadro de mudança. "Porque nós já estamos há um bom tempo sobre um governo e, este governo, que muito prometeu, quase nada realizou", declara.

"Nós queremos mudança e essa mudança implica em votarmos por um governo diferente, votarmos para um partido diferente", defende o estudante. O jovem alega ainda que a mudança traz uma oportunidade de "realizar aquilo que aquele que está há muito tempo no governo não realizou."

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Descontentamento

Embora o dia do voto tenha decorrido sem incidentes nas assembleias, houve relatos de descontentamento por parte de alguns eleitores.

Casos como o da camponesa Ana Kassova, que fez o registo eleitoral na sua área de residência, mas foi colocada numa assembleia a mais de uma centena de quilómetros de distância.

"Quero mesmo votar, desde manhã que não como nada porque estou à procura da assembleia de voto. Estou mesmo preocupada com isto", contou a angolana.

A DW África tentou, sem sucesso, ouvir a Comissão Nacional Eleitoral (CNE) sobre as denúncias e queixas dos eleitores. Fechadas as urnas, Angola aguarda agora que a CNE divulgue os primeiros resultados do pleito.

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