Fundo Global contra a SIDA apoia Moçambique com 421 milhões
10 de fevereiro de 2018"As doações vão abranger o período 2018-2020 e serão implementadas pelo Ministério da Saúde de Moçambique e organizações da sociedade civil", referiu o fundo em comunicado divulgado na sexta-feira (09.02).
O objetivo é que os novos subsídios "ajudem a reduzir as taxas de mortalidade e de infeção de malária em 40% até 2022, tendo como base os números de 2015".
As doações visam ainda contribuir para uma redução de igual valor no que respeita a novas infeções de HIV/SIDA, assim como de mortes relacionadas com o vírus, nos próximos dois anos.
Dados da agência ONUSIDA demonstram que, em Moçambique, houve uma redução do número de novos casos da doença desde 2010 – de 120 mil para 83 mil infetados.
Em 2016, a SIDA vitimou 62 mil moçambicanos em idade economicamente ativa, segundo dados divulgados pelo Presidente da República, Filipe Nyusi, em dezembro de 2017. O Chefe de Estado admitiu que "existem cerca de 1,9 milhões de pessoas a viver com HIV no país". Este total equivale a um em cada oito adultos, acrescentou Nyusi.
Mais um milhão de pessoas a fazer terapia antirretroviral
Pretende-se ainda baixar para metade a taxa de mortalidade por tuberculose até 2020. O fundo considera que o trabalho de Moçambique com os parceiros de saúde globais tem alcançado "um grande impacto".
"Desde 2013, a parceria implementou uma rápida expansão do tratamento de HIV/SIDA, ajudando a aumentar o número de pessoas em terapia antirretroviral de 300 mil, em 2012, para mais de um milhão em 2017", salienta-se no documento.
No que respeita à prevenção da malária, o apoio permitiu distribuir mais de 16 milhões de mosquiteiros entre 2016 e 2017 e, quanto à tuberculose, a parceria tratou com sucesso mais de 73 mil pessoas em 2016.