Gaza denuncia 500 mortes em ataque a hospital
17 de outubro de 2023O ataque ao hospital Al-Ahli na Cidade de Gaza, e caso seja confirmado, será o mais mortífero bombardeamento aéreo israelita nas cinco guerras que foram travadas desde 2008.
As imagens divulgadas do hospital Al-Ahli mostravam um enorme incêndio rodeando as fachadas do edifício, vidros estilhaçados e corpos, muitos deles desmembrados, espalhados por toda a zona. O ministério referiu que pelo menos 500 pessoas foram mortas.
Diversos hospitais da Cidade de Gaza tornaram-se local de refúgio para centenas de pessoas, na esperança de serem poupados aos contínuos bombardeamentos e após Israel ter ordenado a todos os residentes da cidade e áreas circundantes que se retirassem para o sul da Faixa de Gaza, e que diversas organizações internacionais consideraram impossível de concretizar por envolver mais de um milhão de habitantes.
O porta-voz militar israelita, Daniel Hagari, citado pela agência noticiosa Associated Press (AP), indicou que ainda não possuía "detalhes" do número de vítimas no hospital. "Veremos os detalhes e informaremos o público. Não sabemos dizer se foi um ataque aéreo israelita".
Entretanto, militares israelitas negaram o envolvimento no alegado ataque ao hospital em Gaza, afirmando que a explosão foi causada por um 'rocket' palestiniano.
OMS condena ataque
A Organização Mundial da Saúde (OMS) condena o ataque mortal e exige a proteção imediata de civis e cuidados de saúde.
"A OMS condena veementemente o ataque ao Hospital Al-Ahli", afirmou a agência da ONU em comunicado.
"O hospital estava operacional, com pacientes, profissionais de saúde, prestadores de cuidados e deslocados internos. Os primeiros relatórios indicam centenas de mortos e feridos”, acrescenta.
O presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmoud Abbas, decretou três dias de luto.