Governo moçambicano diz que repôs subsídios da TSU
22 de novembro de 2022O vice-ministro da Administração Estatal e Função Pública de Moçambique, Inocêncio Impissa, disse que o Governo já repôs os valores de subsídios que tinha retirado no âmbito da Tabela Salarial Única (TSU), provocando descontentamento nos trabalhadores do Estado.
"Para estas classes que reivindicavam esta abordagem [de reintrodução dos subsídios], foi fixado o quantitativo nominal, ou seja, aquilo que recebiam quando se aplicava o percentual da tabela salarial antiga", afirmou Impissa, citado hoje pelo Notícias, o principal diário moçambicano.
Aquele responsável avançou que o Governo também encontrou uma solução para a redução do fosso salarial entre dirigentes e subordinados, que também está na origem da contestação contra a Tabela Salarial Única.
"Tínhamos situações em que um certo diretor de uma escola recebia três vezes mais do que um professor", exemplificou.
Forte contestação
A implementação da TSU está a ser alvo de forte contestação por parte de várias classes profissionais, nomeadamente médicos, juízes e professores.
Grupos de professores ameaçaram boicotar exames e a Associação Médica de Moçambique remarcou para 5 de dezembro uma greve nacional, dependente da resposta a várias reivindicações.
Por seu turno, a Associação Moçambicana de Juízes (AMJ) ameaçou impugnar o novo modelo salarial, considerando que o instrumento "põe em causa o estatuto constitucional dos juízes".