Governo rejeita 12 ex-guerrilheiros da RENAMO na Polícia
18 de agosto de 2021O líder da Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO) declarou esta quarta-feira (18.08): "Nós temos 35 guerrilheiros que vão ser integrados nas forças de proteção de altas individualidades [uma unidade da PRM], mas antes de irem para lá, há uma inspeção que é feita e quando fizeram a inspeção, 12 ficaram de fora e outros já seguiram".
Ossufo Momade falava à margem de um evento partidário, realizado na cidade da Beira, capital da província de Sofala, centro do país.
Nova seleção
O dirigente avançou que a RENAMO está a selecionar antigos guerrilheiros para integração na polícia que possam substituir os que foram devolvidos por falta de qualificações.
"Neste momento, estamos a fazer uma nova seleção de outros oficiais, para que possam fazer parte do grupo", afirmou.
A integração de antigos guerrilheiros da RENAMO na PRM faz parte do processo de Desarmamento, Desmobilização e Reintegração (DDR) previsto no Acordo de Paz e Reconciliação Nacional assinado entre o Governo e a RENAMO, a 6 de agosto de 2019.
Os antigos guerrilheiros que serão integrados na polícia serão afetos à segurança da liderança e instalações da RENAMO, mas fazendo parte da orgânica da PRM.
Na semana passada, o principal partido da oposição acusou o Governo de atrasar a integração do referido grupo, recordando que a operação faz parte de uma das cláusulas do Acordo de Paz e Reconciliação Nacional.
No âmbito do DDR, 2.307 ex-combatentes da RENAMO já foram para casa, de uma meta de cerca de cinco mil antigos guerrilheiros.