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Guiné-Bissau: Força da CEDEAO composta por 631 militares

Lusa
25 de abril de 2022

A força de estabilização da Guiné-Bissau da Comunidade Económica de Estados da África Ocidental deverá chegar a Bissau "dentro dos próximos dias", disse hoje à Lusa fonte do exército guineense.

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Guinea-Bissau | Soldat in Bissau
Testemunhas ouvidas pela agência Lusa confirmaram entrada de militares no país (imagem ilustrativa)Foto: Andre Kosters/EPA

A fonte do exército guineense ouvida pela agência de notícias Lusa precisou que parte do contingente e a sua logística já se encontra no território guineense, tendo entrado a partir do Senegal na zona da fronteira com o setor de São Domingos, cerca de 100 quilómetros a norte da Guiné-Bissau.

Um jornalista de uma rádio comunitária e moradores contactados em São Domingos confirmaram à Lusa que uma coluna de carros militares entrou naquela vila nas primeiras horas desta segunda-feira (25.04) e, desde as 13 hora locais, que se dirige para Bissau.

Nas fotografias recebidas pela Lusa a partir de São Domingos, é possível ler que os veículos, camiões e carrinhas brancas, ostentam distintivos com a palavra ECOMIB (força de estabilização da CEDEAO que esteve na Guiné-Bissau entre 2012 e 2020).

A fonte militar em Bissau precisou que a nova força não se vai chamar ECOMIB, embora, na prática, tenham as mesmas missões: proteção física das autoridades eleitas, das figuras políticas de relevo e ainda garantir segurança às instituições da República.

A fonte desconhece quanto tempo a força irá permanecer na Guiné-Bissau e qual a sua composição em termos de países.

A força será instalada junto ao regimento da banda de música das Forças Armadas guineenses, na zona da base aérea de Bissalanca, a oito quilómetros do centro de Bissau, e terá o seu comando nas instalações do Ministério da Defesa guineense.

Os chefes de Estado e de Governo da CEDEAO decidiram enviar uma força de apoio à estabilização para a Guiné-Bissau, depois do atentado de 1 de fevereiro contra o Palácio do Governo, em Bissau, quando decorria um Conselho de Ministros com a presença do Presidente, Umaro Sissoco Embaló, e o primeiro-ministro, Nuno Gomes Nabiam.

O Presidente considerou tratar-se de uma tentativa de golpe de Estado que poderá também estar ligada a "gente relacionada com o tráfico de droga".

As autoridades detiveram cerca de 60 pessoas, segundo dados da Liga Guineense dos Direitos Humanos.

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