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Guiné-Bissau pede a volta dos investimentos angolanos

21 de junho de 2012

Duas semanas depois de a Missang deixar a Guiné-Bissau, o secretário de Estado da Segurança e Ordem Pública do governo de transição, pede a Lunda a retomada dos projetos de apoio ao país.

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Die neue Regierung von Guinea Bissau. Copyright: DW/Braima Daramé
Guinea Bissau RegierungFoto: DW

A solicitação do Governo guineense surge cerca de duas semanas após a saída da Missão angolana de cooperaão técnica e militar (Missang) de Guiné-Bissau. A presença da Missang teria sido o principal motivo para o golpe de Estado dos militares, em 12 de abril passado.

O secretário de Estado da Segurança e Ordem Pública da Guiné-Bissau, Basílio Sanca, quer que Angola retome "os projetos de construção e reabilitação das infraestruturasimportantes para a segurança interna deste país".

Segundo Sanca, Angola teria a liberdade para "decidir o exercício de sua soberania em apoiar este povo". O secretário de Estado acrescenta que "os recursos angolanos só serão devidamente aplicados e melhor aproveitados se servirem para a realização do homem angolano e na promoção e desenvolvimento da solidariedade entre o povo africano".

Bissau isolada

Basílio Sanca apela ainda aos parceiros do Governo, nacionais e internacionais, a continuarem ao lado da Guiné-Bissau.

A presença da Missang teria sido o principal motivo para o golpe de Estado dos militares, em 12 de abril passado
A presença da Missang teria sido o principal motivo para o golpe de Estado dos militares, em 12 de abril passadoFoto: Reuters

"Principalmente na proteção dos Direitos Humanos, assumindo o princípio da tolerância como um valor da humanidade, da esperança fundada no valor da pessoa humana, o qual não deve e nem é admitido sacrificar com invocação de protestos de qualquier natureza de ordem política, para abandonar um povo ou os cidadãos de um determinado território do país", afirma.

Com o fim da Missang na Guiné-Bissau, terminou toda a cooperação entre os dois países, nomeadamente as construções na área da segurança interna financiadas por Angola.

Proximidade com os Estados Unidos

Numa altura em que a maior parte da comunidade internacional abandonou a cooperação com a Guiné-Bissau e não reconhece o governo de transição, o primeiro-ministro de transição, Rui Eduardo de Barros, intensificou os contactos com as representações diplomáticas no país para solicitar apoios.

Estados Unidos da América garantem interesse em trabalhar com o governo de facto
Estados Unidos da América garantem interesse em trabalhar com o governo de factoFoto: Fotolia/chasingmoments

Para já, recebeu garantias dos Estados Unidos da América em trabalhar com o governo de facto a gerir os detinos do país. Russel Hanks, diretor de programas da Embaixada dos Estados Unidos, em Dacar, no Senegal, afirma que seu país quer ajudar o povo guineense. "Estamos dispostos a trabalhar com qualquer pessoa que queira avançar os interesses do povo de Bissau", diz.

Autores: Braima Darame (Bissau)/Lusa
Edição: Cris Vieira/António Rocha

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