1. Ir para o conteúdo
  2. Ir para o menu principal
  3. Ver mais sites da DW

Sissoco lamenta críticas "dos irmãos" dirigentes timorenses

Lusa
28 de agosto de 2024

Presidente guineense lamentou hoje as críticas dos "irmãos" dirigentes timorenses ao seu país. Sissoco chegou a por em causa as faculdades mentais de Xanana Gusmão e Mari Alkatiri. O PR diz que "ninguém vê Timor-Leste".

https://p.dw.com/p/4k1al
Guinea-Bissau | Präsident Umaro Sissoco Embalo trifft führende Militärs
Foto: Privat

O Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, falando à imprensa nesta quarta-feira (28.08) afirmou: "Sobre as críticas dos nossos irmãos de Timor-Leste em relação à Guiné-Bissau, o que vos quero explicar é de que de facto é lamentável, mas não podemos responder. São nossos irmãos".

Sissoco colocou ainda em causa as capacidades do primeiro-ministro timorense, Xanana Gusmão, dizendo que "toda a gente sabe que se esquece", e do secretário-geral da Frente Revolucionária do Timor-Leste Independente (Fretilin), Mari Alkatiri, referindo-se à idade.

Em entrevista à Lusa, por ocasião do 25.º aniversário do referendo que levou à restauração da independência de Timor-Leste, Xanana Gusmão afirmou que a Guiné-Bissau passou de golpes de Estado para golpes presidenciais desde 2014, defendendo que a CPLP tem sido demasiado passiva e deve exigir "mudanças radicais" neste país.

Primeiro-ministro timorense, Xanana Gusmão
Primeiro-ministro timorense, Xanana GusmãoFoto: Fernando Fontes/GlobalImagens/imago images

O chefe do Governo timorense referiu ainda que a situação que se verifica há uma década na Guiné-Bissau "é uma ameaça real à democracia".

Também em entrevista à Lusa, Mari Alkatiri, cujo partido lidera a oposição em Timor-Leste, defendeu que a instabilidade naquele país se deve à "força que atua na Guiné-Bissau", que, "toda a gente sabe, é a droga".

Alkatiri defendeu que, devido àquelas situações, a Guiné-Bissau não estaria em condições de acolher, em 2025, a presidência rotativa e a cimeira de líderes da CPLP.

Sissoco: "Ninguém vê Timor-Leste"

"O que se passa numa família onde estamos, na CPLP, a Guiné-Bissau não pediu para presidir à CPLP. Não. E, depois a Guiné-Bissau de Umaro Sissoco Embaló, não é arrogância, em qualquer encontro onde estamos todos, ninguém vê Timor-Leste", referiu hoje o Presidente guineense.

Mari Alkatiri, secretário-geral da Frente Revolucionária do Timor-Leste Independente (Fretilin)
Mari Alkatiri, secretário-geral da Frente Revolucionária do Timor-Leste Independente (Fretilin)Foto: J. Meier

 Umaro Sissoco  sublinhou que não gostaria de estar a responder "aos irmãos timorenses" sobretudo por ter visitado aquele país em 2023, tendo sido galardoado com a mais alta condecoração.

 "Não podem tratar a Guiné-Bissau assim. O que é mais lamentável é ver alguns partidos a congratularam-se com isto. É pena, não é Umaro Sissoco Embaló, é a Guiné-Bissau que está em causa", notou Sissico.

O Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) emitiu um comunicado a congratular-se com as observações feitas pelos dirigentes timorenses sobre a situação na Guiné-Bissau.

Umaro Sissoco Embaló afirmou que recebeu chamadas telefónicas de solidariedade dos presidentes português, Marcelo Rebelo de Sousa, de São Tomé e Príncipe, Carlos Vila Nova, e do Senegal, Bassirou Diomaye Faye, com os quais abordou as críticas dos dirigentes de Timor-Leste.

  

Guiné-Bissau: "Não há ditadura tal como oposição alega"

 

Saltar a secção Mais sobre este tema