Israel ataca para obter controlo total do norte de Gaza
23 de dezembro de 2023Em comunicado, o Exército israelita disse que as suas tropas evitaram uma emboscada de supostos membros do Hamas em Issa, perto da cidade de Gaza, no norte do enclave palestiniano.
Segundo o comunicado, as tropas e os serviços de inteligência israelitas fizeram com que "dezenas de terroristas" se refugiassem num edifício usado pelo Hamas, onde foram abatidos por um avião de combate.
A nota adianta que francoatiradores abateram alegados membros do Hamas que iam atacar soldados israelitas.
À medida que o Exército Israelita avança a ofensiva terrestre em Gaza, milhares de habitantes fogem para Deir al-Balah, o refúgio mais próximo da zona dos ataques, indicou o representante em Gaza da agência da ONU para os refugiados palestinianos (UNRWA), Thomas White.
Numa outra operação em Gaza, a aviação israelita neutralizou uma "célula terrorista", enquanto no campo de refugiados Al-Shati, também no norte do enclave palestiniano, foram mortos "três terroristas", de acordo com o Exército de Israel.
Resolução "não responde às necessidades urgentes"
A organização não governamental Médicos Sem Fronteiras (MSF) disse que a resolução aprovada na sexta-feira (22.12) no Conselho de Segurança da ONU "não responde às necessidades urgentes"na Faixa de Gaza.
"A resolução final é uma versão diluída do projeto original e contém apenas um vago apelo à ação para criar as condições para uma cessação sustentável das hostilidades", declarou a organização, em comunicado.
A diretora executiva da MSF nos Estados Unidos, Avril Benoît, afirmou que a resolução "fica muito aquém do que é necessário para resolver a crise em Gaza: um cessar-fogo imediato e sustentado".
"Esta resolução foi diluída ao ponto de o seu impacto na vida dos civis em Gaza ser quase negligenciável", acrescentou.
O Conselho de Segurança aprovou, após uma semana de intensas negociações e de adiamentos sucessivos, uma resolução exigindo o envio para Gaza de ajuda humanitária "em grande escala".