Israel promete retaliar após ataque nos Montes Golã
28 de julho de 2024O ataque nos Montes Golã este sábado (27.07) faz aumentar novamente o receio de que o conflito em Gaza se alastre para a região.
O Irão avisou Israel que quaisquer novas "aventuras" militares no Líbano porderão levar a "consequências imprevistas" enquanto a União Europeia apelou à realização de um inquérito independente sobre o ataque.
O exército israelita considerou este "o ataque mais mortífero contra civis israelitas" desde o ataque de 7 de outubro que deu início à guerra em Gaza e desencadeou trocas de tiros regulares através da fronteira libanesa.
Israel acusou o movimento libanês Hezbollah de ter disparado um foguete iraniano 'Falaq-1', mas o grupo apoiado pelo Irão - que tem visado regularmente posições militares israelitas - afirmou não ter "qualquer ligação" com o incidente.
"Hezbollah vai pagar um preço elevado"
O disparo do foguete em Majdal Shams levou o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, a regressar mais cedo dos EUA. À sua chegada, foi imediatamente convocado para uma reunião do gabinete de segurança, informou o seu gabinete.
O primeiro-ministro afirmou que "o Hezbollah vai pagar um preço elevado" pelo ataque, "um preço que nunca pagou antes".
O Ministério dos Negócios Estrangeiros israelita declarou que o Hezbollah tinha "ultrapassado todas as linhas vermelhas".
Alemanha condena ataque
A ministra dos Negócios Estrangeiros alemã, Annalena Baerbock, condenou hoje o ataque nos Montes de Golã e pediu para as partes envolvidas no conflito agirem com calma.
"Durante meses, os cidadãos israelitas têm sido atacados pelo Hezbollah e por outros extremistas. Os ataques pérfidos devem parar imediatamente. Agora é importante agir com a cabeça fria. Muitas pessoas já morreram nesse conflito", declarou a ministra alemã na rede social X.
“Condeno o ataque à aldeia drusa de Majdal Shams. O facto de crianças e jovens que simplesmente queriam jogar futebol terem sido mortos é horrível. As minhas condolências vão para suas famílias”, disse ainda Annalena Baerbock.