Joe Biden desiste da corrida à Casa Branca
21 de julho de 2024
O Presidente dos EUA, Joe Biden, anunciou este domingo (21.07) que desiste da corrida à presidência do país. "Acredito que é do melhor interesse do meu partido e do país que eu deixe o cargo e me concentre exclusivamente em cumprir os meus deveres como Presidente pelo que resta do meu mandato", disse Joe Biden num comunicado e numa publicação na rede social X.
Biden declarou "apoio total e recomendação" da sua vice-presidente, Kamala Harris, como candidata presidencial do Partido Democrata às eleições presidenciais, pouco depois de ter anunciado a sua desistência.
"A minha primeira decisão como candidato do partido em 2020 foi escolher Kamala Harris como minha vice-presidente. E tem sido a melhor decisão que tomei. Hoje quero oferecer o meu total apoio e recomendação de Kamala para ser a candidata do nosso partido este ano", lê-se na mensagem.
"Democratas - é altura de nos unirmos e derrotarmos [Donald] Trump (candidato republicano). Vamos a isto", instou na mensagem dirigida aos democratas e que inclui uma foto dos dois dirigentes máximos dos EUA.
O líder da Casa Branca de 81 anos, cuja condição de saúde tem vindo a ser questionada, indicou que vai explicar a sua decisão em breve.
Biden cedeu assim à pressão do seu próprio partido após o seu mau desempenho no primeiro debate da corrida à Casa Branca contra Trump. Dezenas de legisladores e senadores democratas pediram nos últimos dias que Biden retirasse sua candidatura devido à sua idade avançada.
O mandatário, que está isolado na sua casa em Delaware a recuperar de um quadro de infeção associada à covid-19, explicou que nos próximos dias se dirigirá à nação para explicar a sua decisão.
"Por enquanto, permita-me expressar a minha mais profunda gratidão a todos aqueles que trabalharam tanto para me ver reeleito. Quero agradecer à vice-presidente Kamala Harris por ser uma parceira extraordinária em todo esse trabalho. E permitam-me expressar o meu mais sincero agradecimento ao povo americano pela fé e confiança que depositaram em mim", acrescentou.
As eleições presidenciais nos Estados Unidos estão agendadas para 5 de novembro.